quinta-feira, 16 de outubro de 2014

DICAS DE UM CASAMENTO FELIZ PARTE II

IV. O sacramento do Matrimônio em relação com os outros sacramentos

Introdução

Vamos iniciar outro círculo de reflexao, disse Aparecida. Agora é a vez de falarmos sobre os sacramentos. Os sacramentos formam um colar de sete pérolas. Cada sacramento é uma pérola preciosa. Todos eles são importantes para manter a unidade e a beleza da vida cristã. Caso haja casamentos entre um católico e evangélico ou pertencente a outras religiões, é preciso assegurar que a parte católica participe dos sacramentos em sua totalidade.
Começaremos falando dos sacramentos de iniciação cristã são: o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia, afirmou Jair. Eles estão unidos entre si. Por meio deles temos acesso aos fundamentos de toda a vida cristã (Cân 842, 2). Pelo Batismo somos purificados e inseridos em Cristo Jesus, por meio da confirmação, somos ungidos pelo Espírito Santo e conscientes de sua ação em nossa vida. Unidos a Cristo por meio da Eucaristia, desenvolvemos o verdadeiro sentido da vida e experimentamos a graça de servir os irmãos, de modo especial os membros de nossa família.
Evandro relatou que seus pais desde pequeno tinham o costume de levá-los à Igreja.
Dirce completou:
_ Quem participa da comunidade, sobretudo vivendo bem o batismo, tem condições de viver a harmonia conjugal. Participar dos sacramentos é estar aberto à Graça de Deus.
O Matrimônio e o Batismo?
Lenice falou da importância do batismo na vida cristã. Pelo batismo somos libertados do pecado e regenerados como filhos de Deus, tornando-nos membros de Cristo e somos incorporados à Igreja e feitos participantes de sua missão (C.C. n. 1213). Incorporados a Cristo pelo batismo nos tornamos novas criaturas, discípulos e missionários do Mestre. Somos todos servos e administradores dos mistérios de Cristo (1Cor 4, 1). Todos nós somos “um” em Cristo. Esta unidade é um sonho e também realidade que deve ser vivida no dia-a-dia.
Vando acrescentou:
_ A missão do casal é manter firme a aliança conjugal, porém isto é possível quando Deus se faz presente em sua vida. Somos uma grande família, tendo Deus como Pai e Jesus Cristo como irmão. Jesus nasceu numa família. Que a Sagrada Família seja modelo para suas famílias.
Pe. José lembrou um trecho de uma música de Padre Zezinho:
_ “Tudo seria bem melhor, se Natal não fosse um dia, se as mães fossem Maria, se os pais fossem José e se a gente parecessem com Jesus de Nazaré”.
Fabio argumentou:
_ A Sagrada Família é modelo de fé e harmonia conjugal. A família de Jesus é formada por aqueles que ouvem a sua Palavra e a põe em prática. Não podemos esquecer-nos desta verdade.
Para vocês qual é a importância do batismo na vida do casal? Perguntou Vânia.
_ Para mim é tudo, respondeu Amanda. Eu sei que o amor de Deus foi derramado em nossos corações por meio do Espírito Santo. Viver bem o batismo é estar ligado à comunidade que é o Corpo de Jesus Ressuscitado.
_ Pedro concordou, lembrando de um texto bíblico. O batismo é um nascimento do alto. Esse nascimento deve acontecer todos os dias: “o que nasce da carne é carne, o que nasce do espírito é espírito” (Jo 3, 6).
_ Junior concluiu dizendo:
_ Espero que a nossa participação na comunidade seja cada vez mais eficaz. Minha futura esposa gosta de participar das coisas de Igreja. Sem Deus, não podemos fazer muitas coisas.
O Matrimônio e a Crisma?
_ Agora vamos falar sobre o sacramento do Crisma, disse Vânia. A pessoa que recebe este sacramento tem obrigação de testemunhar aos outros uma vida cristã autêntica. As exigências são: professar a fé em Cristo crucificado e ressuscitado, celebrar sua fé participando da vida da comunidade e dar testemunho de amor e solidariedade.
Fabio concluiu:
_ Uma vez confirmada, a pessoa tem condições de viver melhor sua consagração a Deus. Se você assume uma missão especial na Igreja confiante naquele que distribui força e sabedoria, tudo vai se encaixar em seu verdadeiro lugar.
Francisca fez o uso da palavra perguntando:
_ Quero lhes fazer uma pergunta: qual é a importância do sacramento do Crisma para vocês?
Flávio comentou:
_ Penso que seja a confirmação do batismo. O cristão recebe a força do Espírito Santo para dar testemunho de uma vida madura e comprometida com a verdade.
É necessário que os noivos sejam crismados? Perguntou Laura.
Sim, respondeu Pe. José. O sacramento do Crisma é a confirmação de nosso batismo. Por meio de uma preparação mais profunda os candidatos são preparados para exercer com ânimo renovado uma missão específica na Igreja.
Fernando afirmou que a teoria é bonita, mas na prática muitos jovens que fizeram a crisma desapareceram da comunidade e não vive uma fé autêntica.
_ É verdade, comentou Aparecida, mas na minha comunidade há jovens que participam dos movimentos juvenis, são catequistas e estão presentes nas missas dominicais. Nem tudo está perdido.
Kássio aprendeu a lição quando participava dos encontros em preparação para o crisma. Ele disse que o sacramento foi na vida dele uma força, motivação para ser discípulo autêntico de Jesus Cristo e amar a Igreja.
Débora afirmou que fez a crisma por fazer:
_ Eu sei que os temas foram importantes, mas ainda era muito nova. Confesso que não aprendi tanto, afirmou a jovem.
Amanda relatou que sua mãe era catequista e gosta de participar dos encontros. “Admiro muito o trabalho de minha mãe. Ela nos deu um bom exemplo. Hoje sou catequista, com a graça de Deus”. Pedro afirmou que não teve a mesma sorte que Débora, mas tem se esforçado para conhecer melhor Jesus Cristo e a doutrina cristã.
Andreia reclamou, dizendo:
_ Quando fiz crisma minha cabeça já estava ocupada com outras coisas. Penso que a crisma deveria ser na adolescência. Quando eu participei dos encontros, já namorava Gabriel. A gente fazia muita bagunça na catequese crismal. O rendimento foi pouco.
_ “É verdade, mas aprendi muitas coisas”, testemunhou Gabriel.
Eu ainda não fiz a preparação. O padre me disse que eu deveria fazer. Se a crisma é tão importante assim, vou fazer a preparação, já que o nosso casamento está marcado para o fim do ano, respondeu Valentina.
_ “E eu faço questão de acompanhar você, Valentina. No tempo que eu fiz preparação também não aproveitei muito. Eu era jovem demais para assuntos tão sérios como a maturidade cristã”, garantiu Júnior.
_ “Eu darei todo o apoio para Fernanda viver bem a sua fé cristã. Embora não professo esta fé. Afinal, se eu quero o bem para minha esposa devo apoiá-la sempre”, assegurou Flávio. Quanto a Fernanda, afirmou que vai esforçar para professar a fé em Cristo, celebrar esta mesma fé em comunidade e viver como discípulo de Nosso Senhor.
_ Muito bem, disse Olímpio. Religião é coisa séria. Os sacramentos são sinais da graça de Deus em nossa vida. Veja, com o batismo é que nos tornamos filhos e filhas de Deus. Somos chamados a viver em comunidade e a professar nossa fé em Cristo para nossa salvação. O casal que vive bem o batismo tem condições de educar os filhos na fé cristã e a construir o reino da justiça e da paz tão sonhado por Nosso Senhor.
_ Tenho uma pergunta a fazer, interrompeu Valentina:
_ Uma pessoa que não foi preparada para receber a Eucaristia e nem foi Crismada, pode celebrar o seu matrimônio? Olímpio pediu ao padre José para dar explicações.
_ “Olha, Valentina, não se pode queimar etapas. Nossa vida tem momentos para serem celebrados. Como o batismo é a porta para todos os outros sacramentos, nossa Igreja Católica, segundo uma antiga tradição batiza as crianças. Depois, por meio de uma sólida preparação, elas aproximam da Eucaristia e confirmam a sua fé em Cristo.Algumas pessoas são batizadas na idade adulta, desta forma necessitam ter acesso aos conteúdos da mesma fé em Cristo para viver com dignidade, participando da comunidade, explicou Pe José.
Dirce acrescentou:
_ A preparação faz a diferença. Para nós católicos, quanto melhor for a participação dos candidatos à vida sacramental, melhor serão os frutos. Uma boa catequese transforma a vida das pessoas, abrem os olhos da fé e prepara as pessoas para viver melhor na sociedade, na família e na comunidade.
Caso algum dos noivos ainda não recebeu o sacramento do Crisma, deve ser preparado, mesmo após a celebração do matrimônio? Perguntou Fernanda.
_ Sim, a menos que esta pessoa seja de outra religião ou professa um credo diferente. Neste caso a pessoa está dispensada, respondeu Pe. José.
Para encerrar a parte do sacramento do Crisma gostaria de alertar a todos: Para vivermos como discípulos de Nosso Senhor, devemos frequentar a escola de Verbo divino e crescermos na fé, desenvolver uma consciência autêntica e tornarmos verdadeiras testemunhas de Cristo em nosso lar e em toda sociedade, completou Francisca.
O Matrimônio e a Eucaristia?
No início deste novo círculo, Marta fez o uso da palavra para falar de um assunto muito importante: a Eucaristia. Diante de todos, leu o seguinte texto:
Todos os fiéis que foram incorporados a Cristo pelo batismo têm direito de aproximar da Eucaristia, porém existem algumas exigências irrenunciáveis, a fim de que o sacramento possa produzir bons frutos na vida de que a recebe. Vamos ouvir um texto do Concílio Vaticano II:
“A Eucaristia é o sacramento do amor, sinal da unidade, vínculo da caridade, banquete pascal em que Cristo é recebido como alimento, o espírito é cumulado de graça e nos é dado o penhor da glória futura” (Sacrosanctum Concilium, n. 47).
_ Tendo como fundamento esta síntese sobre o sacramento da Eucaristia, eu lhes pergunto: de que modo vocês participam da eucaristia? Perguntou Francisca.
Débora iniciou dizendo:
_ Eu gostei da minha Primeira Eucaristia. Nós tínhamos uma catequista muito brava, mas ela nos ensinou muitas coisas. Eu sei que Eucaristia é o Corpo do Senhor e que a gente deve comungar sempre e, se não participar das missas durante algum tempo, é necessário confessar com o padre antes.
Kássio relatou que no seu tempo era mais radical. O padre queria saber se todos os catequizandos estavam participando das preparações. Ele mesmo fazia perguntas aos candidatos e se não estivessem preparados deveriam preparar mais.
Amanda disse que a Eucaristia é o sacramento da comunhão. É desejo de Deus participarmos do sacrifício eucarístico, pois o próprio Jesus afirmou: “Quem come minha carne e bebe o meu sangue, viverá eternamente” (Jo 6, 54).
_ Parabéns, Amanda afirmou Sônia. Jesus é o Pão vivo descido do céu. Todo aquele que ouve as palavras de Jesus as põe em prática está em comunhão com ele (Lc 6, 48). Afinal, participar da eucaristia é ser da família de Jesus.
_ Quer dizer que para participar da Eucaristia devemos entrar em sintonia com Cristo por meio de seus ensinamentos? Perguntou Andreia.
_ Sim, Andreia,. A Eucaristia é o sacramento da unidade. Quem desvaloriza este sacramento cria divisão. A palavra nos ensina que Cristo é o Messias, aquele que devia vir a este mundo. Ele também é o Cordeiro sem mancha, o que tira o pecado do mundo. A Palavra de Deus é importante, mas não se esqueça de que esta mesma Palavra se fez carne e habitou entre nós. Esta Palavra tem nome: Jesus Cristo, o caminho que nos leva ao Pai, a verdade que nos liberta e a vida que nos enche de alegria, respondeu Gilberto.
_ Gostei de saber que a Eucaristia é o sacramento do amor e o vínculo da caridade. Qual é a relação entre a Eucaristia e o sacramento do matrimônio? Perguntou Pedro.
_ A Eucaristia é o Banquete Sagrado. Por meio dele celebramos páscoa de Jesus Cristo. É a celebração da Nova e Eterna Aliança para a nossa salvação. O matrimônio é também uma aliança que gera vidas. Assim como Cristo entregou sua vida à Igreja, o marido deve amar sua esposa de modo semelhante. Quanto à esposa, que ela possa estar do lado do marido auxiliando, sobretudo, em relação à realização de sua vida como cristão autêntico, sendo para ele sinal de amor e salvação, argumentou Pe José.
_ Já ouvi dizer: “Família que reza unida, jamais será vencida”. Afirmou Gabriel. Mas, se a Eucaristia é sacramento de salvação e quem não participa da comunhão já está condenado?
_ Os caminhos de Deus são diferentes dos caminhos dos homens. Sabemos que a condição para sermos salvos é a fé em Jesus. Nós temos acesso a ela por meio da Palavra, da oração, quando o Espírito Santo toca em nosso interior e por meio dos sacramentos. “Quem crê e for batizado será salvo”. “Quem não crê já está condenado”, explicou Pe José.
Valentina reclamou:
_ “Não consigo entender sobre o discurso da salvação. O que tem a ver com o nosso encontro de noivos? Não seria melhor falarmos só sobre as questões ligadas ao matrimônio?”.
_ Não podemos esquecer, Valentina, que o casal cristão deve ter como centro Nosso Senhor Jesus Cristo. Já falamos um pouco sobre a harmonia conjugal e sobre o matrimônio como uma vocação cristã. Se Cristo é o centro da vida de todo cristão, aquele que segue suas orientações, terá condições de viver bem sua vida em família. Nos próximos círculos refletiremos mais sobre temas práticos em relação à família, respondeu Gilberto.
_ A Eucaristia tem uma forte ligação com o casal cristão, Valentina. A presença de Deus em nossa vida é para gerar conforto, segurança e verdadeira paz. Uma vez que estamos unidos a Cristo, afirmou Sônia.
Júnior testemunhou:
_ O Sacramento da Eucaristia ajuda o casal estar mais unido, porque se eles vão à missa juntos estão olhando na mesma direção. Fernanda acredita que a Eucaristia não é apenas um complemento na vida do casal. Muitas pessoas não têm tempo para Deus. Flávio está convicto de que acreditar em Deus é tudo e, uma vez que a pessoa está unida a Deus tudo se transforma.
Aparecida conclui o círculo dizendo:
_ Como afirmou São Paulo: “Fui crucificado junto com Cristo. Já não sou eu que vivo, mas é Cristo quem vive em mim. Minha vida presente na carne, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gl2, 19s). Eu vejo assim: se o casal cristão não participa da comunidade é porque não entendeu a mensagem do evangelho. Em pouco tempo deixará de ser cristão, pois cristão é aquele que segue a Cristo. O casal deve seguir a Cristo e permanecer unido em seu amor, a fim de ter paciência, sabedoria, força, capacidade de perdoar e de amar. Se Jesus Cristo é o centro da vida do casal, então a paz, a harmonia e a verdadeira alegria reinarão para sempre em seu lar.
O Matrimônio e a Reconciliação?
Depois de ter falado de um assunto tão sério, vamos falar do sacramento da Reconciliação, disse Jair. Ouçamos um texto do Direito Canônico:
“No sacramento da penitência, os fiéis confessam seus pecados ao ministro legítimo, arrependidos e com o propósito de se emendarem, alcançam de Deus, mediante a absolvição dada pelo ministro, o perdão dos pecados cometidos após o batismo, e ao mesmo tempo se reconciliam com a Igreja, à qual feriram pelo pecado” (Cân. 949).
Tal sacramento nos ajuda a reconciliarmos com Deus, com a Igreja, com nossos irmãos e conosco mesmos. Para que isso aconteça devemos nos arrepender de todas nossas faltas. Para vocês, qual é o verdadeiro sentido deste sacramento? Perguntou Pe. José.
_ Quando eu fiz a primeira Eucaristia, era muito jovem. Não me lembro de bem como foi minha confissão. Só sei que a catequista dizia que Deus perdoava nossos pecados por meio do padre, respondeu Valentina.
Júnior completou dizendo:
_ Acredito que este sacramento nos ajuda a aproximar mais de Deus.
Fernanda está convicta de que é preciso saber mais sobre este sacramento, pois não se lembrava de muitas coisas. Flávio afirmou que devemos perdoar e dar o perdão sem medidas. É preciso seguir o exemplo de Cristo que nos ensina a dar a outra face.
_ Na teoria é fácil, afirmou Fernando. Quero ver se alguém é capaz de oferecer a outra face, para quem bate, como está no Evangelho.
_ Mas o que tem a ver o Sacramento da Reconciliação com o matrimônio? Perguntou Andreia.
_ Quem busca este sacramento está sempre renovando sua vida espiritual, assumindo novos propósitos de conversão, mudança de vida e aproximação constante, tanto de Deus quanto da família, do esposo, filhos, sempre melhorando e mais, testemunhou Jair.
_ Tudo bem. Eu sei que o sacramento é importante, mas quantas vezes devemos perdoar o marido? É como diz a Bíblia? Perguntou Gabriel.
_ Sim, Setenta vezes sete (Mt 18, 21). Perdoar é divino. Somente quem ama a Deus e ao próximo como Jesus ensinou tem a capacidade de perdoar, respondeu Pe. José.
_ Mas, padre em caso de traição, eu não perdoo. É duro demais, argumentou Valentina.
Marta, fazendo o uso da palavra explicou: às vezes a pessoa perde a confiança, mas o perdão deve ser doado sem medidas. Você deve lutar de todas as maneiras a fim de que seu cônjuge conheça o amor de Deus e saiba renunciar a todo o tipo de mal. Traição é ruim, a separação é pior. O adultério é terrível, o divórcio, nem se compara.
_ Eu perdoo sempre, mas se ele procurou outra pessoa é porque não me ama mais. Para mim este é o fim, garantiu Fernanda.
Evandro instruiu a todos dizendo: é preciso ver a consequência de cada atitude. Se não há perdão e nem reconciliação entre o casal, o desfecho é a separação. Mas será que resolve o problema? Pode ser um ato que beneficie um dos cônjuges ou os dois, mas e a família? Em muitos casos de separação, quando os argumentos são egoístas surgirão outros problemas.
Dirce também lembrou aos casais uma história:
_ Certa vez um casal iniciou o passeio de seus sonhos. Para sua surpresa, no meio do caminho encontrou uma enorme pedra. Ao deparar com o aquele problema, voltou para casa desanimado. Outro casal teve uma atitude diferente: descobriu um atalho e prosseguiu seu passeio. É assim que acontece com certos casais. Muitos acabam com o casamento diante do primeiro obstáculo. Outros escolhem atalhos, mas não percebem que o contra testemunho atrapalham os filhos, vivendo como se fosse normal tais atitudes de pecado.
Lenice testemunhou dizendo:
_ O casal que perdoa e reconcilia é aquele que espera e confia sempre em Deus. Sabe que apesar da traição seu cônjuge pode melhorar. Tudo é questão de tempo. Aprendemos a perdoar por meio da oração. Quando temos um obstáculo em nossa vida devemos buscar os recursos para retirá-lo. Se não conseguimos sozinhos, Deus nos ajuda por meio de sua Palavra. Nesta hora, os bons conselhos ajudam. Desta forma teremos um futuro garantido.
Fabio concordou dizendo:
_ O pecado é uma ofensa a Deus, uma ruptura da comunhão com ele. O pecado é um obstáculo que nos impede a vivermos a santidade, unidos a Cristo e a todas as pessoas por meio de atos concretos de partilha, respeito, amor e serviço.
Vânia afirmou:
_ Os caminhos da reconciliação com o Pai e com toda a Igreja foram confiados aos apóstolos. Ele mesmo exigiu que perdoássemos mutuamente, a fim de que não haja obstáculos que impedissem as pessoas a viver a santidade e a estar unidos a ele por meio de propósitos e atos de bondade.
Júnior concluiu:
_ É indispensável que os cônjuges se aproximem ao menos uma vez por ano desse sacramento para refazer sua caminhada, alimentar novos propósitos e serem fiéis à missão a eles confiada.
Muito bem, Júnior. Os bons propósitos são alcançados com muita oração e contato com a Palavra de Deus. Somente assim, o casal aprofunda sua amizade conjugal de forma verdadeira, afirmou Dirce.
Quais as oportunidades de pedir e dar o perdão que o casal encontra no dia a dia? Perguntou Gabriel.
_ Os cônjuges devem estar sempre em sintonia um com o outro. Cada um tem seus sonhos, suas preferências e ideias diferentes. Mas, quando se fala de vida a dois, o amor deve falar mais alto. É nesta hora que a tolerância, a paciência entra em ação. Pedir e dar o perdão são questão de necessidade. Pedir o perdão é reconhecer que machucou a pessoa amada, assegurou Maria.
_ O perdão traz a cura para o casal, defendeu Jair. O casal que perdoa também é chamado a reconciliar com a pessoa amada, aceitando a viver com ela, em meio às suas limitações e defeitos.
Aparecida completou:
_ Reconciliar é um perseverar na esperança. É uma abertura radical ao futuro, sem restrições, sem exigências e sem cobranças ligadas ao passado, de acordo com os ensinamentos cristãos (Mt 18, 21s). Somos limitados. Todas as vezes que um de nossos irmãos a pecar contra nós, devemos abordá-lo com fé e esperança. Dizer que ficamos tristes por causa de sua atitude ou omissão, acreditando ser possível salvar nosso irmão ou nossa irmã.
O Sacramento do Matrimônio
Agora vamos falar do próprio sacramento do matrimônio, disse Francisca. Vocês podem achar difícil e quase impossível viver o matrimônio segundo a Igreja Católica, de acordo com a vontade de Deus. Gostaria que vocês respondessem a mesma pergunta que o sacerdote fizeram para vocês durante a entrevista de noivos: Prometem viver santamente o matrimônio? E por quê?
_ Sim, afirmou Laura. Eu quero levar o amor, a paz, a alegria para o Fernando e trazer para junto de mim tudo o que for necessário para sermos um casal feliz. Acredito que a santidade é algo que tem a ver com o nosso bem estar.
_ Eu concordo com Laura, disse Fernando. A vida de casado não é brincadeira. Tem suas dificuldades. As pessoas santas sofreram muito. Santidade para mim é sinônimo também de luta, de sacrifício, dedicação.
Francisca advertiu:
_ A proposta cristã do matrimônio está ligada à graça de Deus. Casais que se unem a Deus e oram juntos, conseguem compreender o outro e a viver em harmonia. Vamos ouvir o próximo casal.
_ Concordo com Francisca. Acredito que a santidade é uma promessa que nos dá garantia de felicidade. Ser fiel na alegria e na tristeza nos ajuda a resolver os problemas juntos, ou seja, o casal inteligente saberá viver com diplomacia e jamais deixa que alguma circunstância roube a sua paz, argumentou Kássio.
_ Muito bem Kássio. Acho que não tenho muito para falar. Eu quero assumir o matrimônio com todas as minhas forças. Minha vontade é a de colocar meu coração, minha alma e até a medula de meus ossos nesse relacionamento, pois eu sei que o matrimônio é um sacramento para ser feliz e fazer a família feliz, testemunhou Débora.
_ Conheço um casal que vive bem o relacionamento familiar. Eles estão sempre orando juntos. Creio que para viver a santidade é preciso muita oração. Meus pais rezam sempre. Por isso, se eles vivem santamente o matrimônio é porque colocam Deus em suas vidas, relatou Amanda.
Pedro concluiu:
_ Eu também estou disposto. Sinto segurança ao lado de minha futura esposa. Espero que ela tenha paciência comigo, pois sou um tanto devagar em relação às coisas da Igreja. Mas eu tenho um bom coração.
_ Bem, vocês também estão certos. É bom ouvir essas palavras, acrescentou Sônia. A vida de oração tem me aproximado cada vez mais de Gilberto, meu esposo. Quem está perto de Deus aprende a amar verdadeiramente e, consequentemente, viver em santidade.
_ Eu concordo com o que vocês disseram, afirmou Andreia. Eu prometo viver a santidade porque acredito no amor de Deus e confio no amor que Gabriel tem por mim. Espero que ele não vá me decepcionar. Estou jogando limpo (Todos sorriram).
_ De minha parte espero que você seja essa pessoa aberta, sempre alegre, compreensível, confidenciou Gabriel. Quando vierem os filhos, as dificuldades será mais difícil, mas para eu viver a santidade é ser fiel, é acolher, perdoar, partilhar, compreender, enfim, ser felizes e fazer o outro feliz.
_ Tudo bem Gabriel. No matrimônio existem momentos difíceis, mas nada que o Amor não seja capaz de superar. Com muita oração e bons propósitos o casal saberá enfrentar as crises e conservar a serenidade e a paz por muitos e muitos anos, assegurou Olímpio.
_Viver a santidade é muito difícil. Acho que jamais vou ser perfeita, lamentou Valentina. Isso o Júnior já sabe. Tem hora que perco a paciência. E ele tem sido bom e compreensivo comigo. Às vezes ele é um pouco exigente também. Eu sei que isso é bom para os dois. Precisamos ser mais flexíveis. Dar mais o braço a torcer. Espero que eu seja capaz de mudar a mim mesma para que também ele mude sempre quando for necessário.
O Júnior deve fazer a parte dele, argumentou Francisca. O propósito de viver a santidade para mim é saber fazer a coisa certa na hora certa. E eu estou aqui para isso. Mas, já avisei: não sou perfeita.
Júnior assegurou que a proposta de santidade não é impossível:
_ Se muitos casais viveram bem e foram felizes, nós também seremos felizes. Depende dos dois. Eu também vou fazer a minha parte. Vou dar a minha colaboração. Espero que ela mude algumas atitudes e sei que também preciso mudar muitas coisas para sermos um casal santo.
_ A santidade não é sinônimo de perfeição, meu amigo Júnior. O santo é aquele que é humilde, reconhece suas limitações. Espero que toda mania de grandeza desapareça para dar lugar ás disposições de serviço, partilha e muito carinho entre vocês, respondeu Gilberto.
Para finalizar vamos ouvir um texto que nos fala da importância da graça de Deus no matrimônio, acrescentou Sônia.
O matrimônio é um sacramento “sinal sensível” da graça de Deus. Senhor, dá-me a graça de querer a tua graça. A luz da presença de Deus age na vida das pessoas, sobretudo do casal por meio da abertura, oração, diálogo com o Senhor. Quanto mais o casal está em sintonia com Deus, mais serão reflexos de sua bondade, ternura e amor.
_ Alguém deseja fazer o uso da palavra? Perguntou Gilberto.
_ Bem, gostaria de acrescentar o seguinte: Com sua sabedoria, uniu o homem e a mulher para formar a aliança conjugal. É uma bênção que jamais pode ser recebida em vão, pois os dois juntos formam a imagem de Deus. O próprio matrimônio é uma fonte de bênçãos quando o casal vive em harmonia, partilhando os mesmos sonhos, os mesmos projetos, concluiu Aparecida.
O Matrimônio e a Ordem?
Vando iniciou o círculo dizendo:
_ A figura do padre em nossa comunidade é muito importante, pois é ele quem celebra a Eucaristia, preside a comunidade e, muitas vezes nos ajudam com seus conselhos. Você conhece o padre que trabalha em sua comunidade? Qual é o grau de relacionamento seu com ele?
Conheço um sacerdote, disse Laura. Ele frequenta a casa de meus pais. Até pedi que ele assistir nosso casamento. Acho importante que o padre seja uma pessoa próxima da família. Não tenho muita amizade com o padre de minha paróquia. Sei que ele se chama Pe. André e é de uma pequena cidade do interior, respondeu Fernando.
O padre de nossa paróquia é uma bela figura. Eu tenho amizade com ele, pois quando eu frequentava o grupo de jovem ele sempre ministrava algumas palestras e estava sempre por ali, nos ajudando. Eu gosto das missas dele, afirmou Débora.
Kássio interrompeu dizendo:
_ Minha vida é uma correria, mas quanto tenho tempo gosto de procurar o meu pároco. Ele é meu diretor espiritual. Além de me confessar com ele regularmente estamos sempre conversando. Quando tenho dúvidas ele está disposto a me ajudar.
Amanda disse que não conhece o padre de sua paróquia. Na verdade eu estou meio desligada da comunidade.
Pedro confidenciou:
_ Minha casa sempre foi local de encontro com os padres. Mas, pelo fato que eles estavam sempre por ali, sempre achei difícil falar com eles. Eles são tão amigos que não consigo falar as coisas que deveriam.
Andreia relatou que tem contato com o pároco de sua paróquia todo final de semana. Ele é um motivador nato. Ele está sempre por perto da gente. Gosto das missas dele. É sempre pontual. Um pouco exigente, mas é cordial e acolhedor.
_ Sim, eu também o conheço, respondeu Gabriel. Meu relacionamento com ele é bom. Ele faz umas brincadeiras, mas na hora de ser sério, assume este papel com dignidade.
Valentina falou que o seu pároco está sempre por perto, inclusive visita os seus pais frequentemente. Gosto muito das missas dele. Ele é objetivo e procura sempre estar no meio do povo.
Júnior não tem muito contato com o seu pároco, mas comprometeu em aproximar mais dele.
Flávio disse que já fez a entrevista com o pároco da paróquia juntamente com sua noiva mora. Por ser de outra religião, não tem contato com o padre. Mas ficou admirado com a acolhida feita por parte do sacerdote. Fernanda concluiu dizendo que seu relacionamento com o pároco é bom.
_ Já fiz a primeira comunhão com ele e, durante o período de preparação para o sacramento do Crisma, tive a graça de ouvi-lo ele nos visitou para nos falar sobre temas importantes da vida cristã, declarou Fernanda.
Jair pediu que os casais que dessem seu testemunho. Dirce argumentou sobre o casamento espiritual no qual todo o sacerdote é chamado a viver. Trata-se de uma aliança realizada com o Senhor e com a comunidade:
_O sacerdote pertence a Deus. E está a serviço da Igreja. Eu vejo o sacerdócio como um homem especial. Ele deixou tudo para ser discípulo de Jesus Cristo. Para mim o padre é alguém que está perto de Deus e que nos ajuda a viver unidos no amor de Cristo, afirmou a senhora.
Evando concordou dizendo:
_ O padre deixa de construir a sua família para construir a nossa. Por isso, devemos acolhê-lo em nossas casas. Ele deve ser membro de nossas famílias.
Vando e Lenice afirmaram que o padre está sempre por perto deles. É sempre bom acolher o padre em nossa casa. Ele fez amizade conosco desde quando entramos na pastoral familiar. Aliás, nos tornamos amigos de nosso pároco. Até hoje ele nos visita. Ele mudou a nossa vida. Éramos um casal frio que participávamos apenas das celebrações. E ele ajudou a nos integrar na comunidade.
Fabio disse que sua participação na Igreja é fruto do trabalho de um pároco muito especial e muito exigente.
_ Ele nos tomava o catecismo. Tínhamos que saber de cor e salteado. Mas isso me ajudou muito.
Vânia afirmou que conhece o pároco, pois, é ministra da Palavra.
_ Gosto muito de participar das reuniões de formação. Ele nos ajuda a crescer na espiritualidade.
Maria disse que o seu pároco está sempre ocupado e que tem contato com outros sacerdotes de outras paróquias. Ela vê o sacerdote como um homem com uma missão importante. Capaz de instruir o povo no caminho da verdade.
Francisca e Olímpio são pais de um sacerdote. Eles sentem orgulho de ter um padre na família.
Olímpio afirmou:
_ Somos suspeitos para falar do sacerdócio. Mas, além de ter mais contato com o nosso filho, de acompanhar o trabalho dele nas paróquias, estamos sempre participando da comunidade. O padre deve ser acolhido como parte de nossa família. Ele deixa seus pais e querem também ser acolhido.
Francisca disse que sente alegria em ser mãe de um padre. É sempre amiga dos padres e tem a graça de receber em sua casa muitos padres, por influência do filho.
Gilberto e Sônia estão sempre em contato com os padres, pois exerce uma missão importante na paróquia e até foram coordenadores diocesano da Pastoral Familiar. Gilberto disse que o padre desempenha uma missão específica na comunidade sem a qual não seria possível a vida eucarística.
_ Uma paróquia sem padre é uma paróquia triste. Quanto a gente sabe que o padre não está na cidade por algum tempo, é muito estranho. Dá uma sensação de vazio, confidenciou Sônia.
Aparecida disse que tem contato com os padres. Cada um tem suas qualidades e defeitos. Disse ainda que existem os diáconos permanentes. O diaconato permanente é uma vocação de serviço prestado a comunidade. O sacerdócio é para os celibatários. Mas há homens que são ordenados diáconos para servir a Igreja e que pertence a ordem dos presbíteros. Cabe a eles ajudar na pastoral, sobretudo na dimensão social. Também é função do diácono proclamar o Evangelho, assistir matrimônio e outras funções na comunidade.
Jair concluiu dizendo:
_ Os Bispos, os Sacerdotes e os Diáconos estão á serviço da Igreja e da instituição familiar. Cabe a eles, em comunhão com toda a Igreja resguardar a santidade da vida cristã e educar os fiéis no cumprimento do amor fraterno, respeitando a todos e amando como Jesus nos ensinou.
_ De modo geral o sacerdote é consagrado a Deus para viver unido a Cristo, Cabeça, Pastor e Servo do rebanho. Ele é chamado para viver seu ministério na Igreja e a serviço da comunidade. Deverá amar a todos, respeitar e ajudar a comunidade a crescer nas coisas de Deus, aconselhou Lenice.
_ Um bom sacerdote nos ajuda a descobrir o caminha de nossa realização pessoal. Procure o padre de sua paróquia e mantém um relacionamento amigável com ele. Nós sempre tivemos a companhia dos padres. E, quando surgem as dúvidas, ele está sempre disposto a nos ajudar. Mas, atenção. Não vamos levar apenas trabalho para eles. Eles também são pessoas humanas como nós. Necessita de nosso apoio e de nossa amizade, acrescentou Vando.
O Matrimônio e a Unção dos Enfermos?
Vamos refletir sobre o último dos sacramentos, disse Lenice. Pedimos que a Valentina faça para nós uma leitura:
_ A Unção dos Enfermos deve ser vista como o Sacramento do conforto e da fortaleza. Pela visita, oração e unção com óleo, a pessoa enferma é confortada e recebe a graça para enfrentar e vencer as dificuldades da doença (Lc 10,34; Mc 6,12ss).
Vando continuou:
_ Ele tem por finalidade, conferir uma graça especial ao cristão que está passando pelas dificuldades inerentes ao estado de enfermidade grave ou de velhice (C.I.C, 1527).
Dirce acrescentou:
_ Os fiéis devem pedir para si e para seus familiares, sem medo nem constrangimento, o conforto do sacramento da unção dos enfermos.
_ A gente pode pedir o padre para abençoar o óleo e depois nós mesmos ungir os enfermos? Perguntou Gabriel.
_ Certamente, disse Pe. José. Agindo assim, a pessoa não recebe a graça sacramental por meio do sacerdote, preparado para essa missão. Mas existe uma oração própria que os leigos podem fazer, ungindo com o óleo os enfermos.
Amanda afirmou:
_ Este sacramento tem um ritual próprio, com palavras e orações que estão no livro que só aos padres é permitido.
Pe José acrescentou:
_ Trata-se de um momento de abertura, de muita paz e conforto, não só para a pessoa, mas para toda a família.
Sônia terminou o círculo afirmando:
_ Os fiéis devem pedir para si e para seus familiares, sem medo nem constrangimento, o conforto do sacramento da unção dos enfermos. Este sacramento traz alivio nas dores e conforto para a pessoa abatida, a fim de ser curada da enfermidade e retornar ao convívio com seus familiares.
V. Como viver a sexualidade no matrimônio?

Depois de um intervalo, os casais voltaram a se reunir em círculo para mais um debate. O assunto, desta vez, girou em torno da sexualidade.
Gilberto iniciou os trabalhos dizendo:

_ A sexualidade é o modo de viver corretamente a afetividade. Quanto mais o casal está unido, no amor e no respeito, mais aumentam as chances de construir uma família equilibrada. Gostaria que os casais, pudessem dar a sua colaboração.
Aparecida testemunhou:
_ Os desentendimentos, preocupações, cansaço, podem perturbar a harmonia sexual.
Jair acrescentou:
_ A harmonia sexual é uma conquista, na qual o casal vive dignamente como marido e mulher, optando por tudo o que favorece ao bom relacionamento e evitando atitudes que distancia os cônjuges do objetivo principal que é a união de dois corpos e dois corações.
_ A criança, desde pequena, tenta imitar seus pais. O filho gosta daquilo que possa identificar com o pai, e a filha, com a mãe. Cabe aos casais utilizarem estas formas de educação para expressar também o desejo de crescerem no amor de Deus e na capacidade de transmitir sua própria sexualidade, sendo sinal deste mesmo amor, afirmou Vando.
Lenice concluiu:
_ Há uma estreita relação entre viver bem a sexualidade como esposo e esposa, mas também, o casal não deve esquecer que os filhos fazem parte da arte de viver a afetividade com qualidade. Os pais são espelhos na vida dos filhos. Viver bem a sexualidade é meio caminho andado em vista da realização do casal.
Fábio testemunhou:
_ O amor é fundamental na vivência da sexualidade. Quando ele vai embora a sexualidade do casal é ferida em sua integridade.
Vânia partilhou:
_ A vida só tem sentido quando é vivida para os irmãos. No matrimônio a esposa vive em função do marido e dos filhos, o esposo, em função da esposa e dos filhos. Um buscando apoio no outro e todos vivendo em harmonia.
Francisca argumentou:
_ Para viver a sexualidade cristã com qualidade é necessário acolher o outro como um dom, não como um objeto de prazer. Quem ama aproxima do outro com delicadeza, pedindo licença e enriquecendo-o com sua presença. Quem ama, protege e defende. Jamais provoca discussão ou qualquer tipo de dominação. Quem ama propõe, jamais exige seu ponto de vista. Negocia sempre, não critica o outro nem mesmo quando está com a razão.
_ Falando desse jeito, parece que a senhora está contando um conto de fadas. Para funcionar bem o relacionamento entre marido e mulher não precisa de tanta poesia. Isso é muita teoria para o meu gosto, discordou Fernando.
_ De que maneira o amor e o sexo se cruzam? Perguntou Gabriel.
_ O amor é aquele tempero que cega os olhos do prazer pelo prazer e dá uma sensação gostosa de bem-estar para ambos, respondeu Evando. É tudo o que produz paz interior e sentimento de bem querer.
_ O sexo é algo muito bonito, porém se não está conectado com o amor, ele acaba como o fogo de uma palha. É de momento, passageiro e, muitas vezes egoísta explicou Dirce.
_ Quando o amor e o sexo se cruzam o casal está em lua de mel, mas se há separação, inicia-se com as desconfianças, queixas, chegando aos pensamentos impuros, adultério e até mesmo a separação, alertou Sônia.
_ Existem três modos de amar, acrescentou Gilberto. O amor Ágape, o amor Filia e o amor Eros. Vamos pedir ao Jair para ler um texto que vai nos ajudar a compreender melhor a diferença entre eles:
O amor ágape é vivido por quem compreende o outro e deseja o seu crescimento. No matrimônio, os cônjuges são chamados a viverem unidos, um sendo sinal de atitudes de serviço e zelo. Ao desenvolver o amor ágape nos aproximamos mais das realidades espirituais. A escolha e a vivência do matrimonio como um dom de Deus é o primeiro passo para que o casal viva intensamente a sexualidade.
Aparecida leu outro texto: letra f
O amor Filia nos aproximam da sabedoria. O amor Eros aproxima os casais, à dimensão sexual. Os cônjuges deverão harmonizar estas três formas de amar, a fim de viver o projeto de Deus de maneira digna. Sexo sem amor fere a dignidade dos cônjuges. Os cônjuges deverão viver o amor incondicional que está ligado à amizade e, sobretudo ao desejo físico.
_ Os casais devem distinguir o amor nestas três dimensões, confirmou Sônia. Todas elas são importantes. O primeiro da lista é o Amor-caridade: nele predomina a realidade espiritual, o conhecimento e a vontade. O objetivo é assegurar o bem integral da pessoa amada. Deus é o modelo deste amor. Ele não se cansa de amar seus filhos e toda a criatura. O Amor-amizade une os irmãos, constrói amizades verdadeiras, promove a partilha e desenvolve a alegria de viver unido em Cristo. Já o Amor-sexual consiste na íntima comunhão de vida, na doação recíproca entre os cônjuges. Eles se voltam igualmente para a constituição da família e dos filhos.
_ Creio que a sexualidade é uma das mais forte e maravilhosa energia da pessoa humana, arriscou Pedro.
_ Muito bem Pedro. Obrigado por sua participação, agradeceu Aparecida. A sexualidade deve ser vivida de modo espontâneo e ordenada. Ela é sinal permanente da necessidade e ir ao encontro do outro, do diferente e tornar-se fecundo através do relacionamento.
Jair acrescentou:
_ É por meio da união entre o homem e a mulher que surgem novas vidas, que sejam também acolhidas e educadas de modo pleno.
_ Lenice confirmou:
_ A sexualidade é a melhor coisa inventada pelo Criador. É ela quem equilibra a vida das pessoas, a fim de que sejam sinais do amor de Deus. Pessoas que falam em sexo o tempo inteiro não vivem bem a sexualidade. Sexualidade não é pra ser falada, é pra ser vivida.
Vando chamou atenção de todos dizendo:
_ Quero ler um texto de um psicólogo italiano chamado Cencini:
A sexualidade é feita de genitalidade, corporeidade, afetividade (orientada pelo amor) e espiritualidade. Ela ajuda o casal a descobrir o sentido da vida. A sexualidade é dom de graça, que exige o esforço e a renúncia dos sentidos para atingir a alegre liberdade do amor fecundo (Cencini, 2012. 71).
_ A sexualidade possui dois elementos: erótico e afetivo. O erótico diz respeito a tudo aquilo que desperta a excitação, o desejo e o prazer, através de nossos sentidos: tato, visão, audição, olfato. E o afetivo, demonstração de carinho, sentimento de bem querer, de preocupação com o outro, de respeito pelo que o outro é e pelo que ele pensa e sente, explicou Vânia.
Fabio leu outro texto sobre o mesmo assunto:
A harmonia sexual é o bom entendimento do casal nas questões sexuais. É quando, após uma relação sexual, o esposo se sente feliz por ter dado prazer à sua esposa e a esposa se sente feliz por ter dado prazer ao marido (Arquidiocese de Mariana, 2009, 77).
_ A sexualidade é sinal de esperança para o ser humano, acrescentou Olímpio. Esperança que se realiza a partir dos momentos em que a pessoa trabalha com ela, no sentido do ser, do existir, e não apenas usufruindo dela de modo instintivo e reducionista.
Francisca acrescentou:
_ A esperança é uma das virtudes que nos impulsiona a vivermos cada vez mais conscientes de que a qualidade de nossos relacionamentos é fruto de um apaixonado relacionamento de amor com o autor da vida humana e com os nossos semelhantes.
_ No livro de Ivan Fusec compreendemos que a sexualidade está ligada ao amor verdadeiro, à continência cristã e à virtude da castidade (Ivan Fusec, p 12). O casal que administra bem as energias vivenciando a sexualidade como um sinal da presença amorosa do amor de Deus em relação si mesmo e aos irmãos, de modo especial em relação ao seu cônjuge, transmite aos seus filhos vida em abundância. Em outras palavras, sexualidade é sinônimo de fecundidade, relatou Dirce.
Evando fez o uso da palavra para dizer:
_ Quem desenvolve este dinamismo interior, não o reduzindo ao simples gozo carnal, saberá o que significa ser pessoa em plenitude.
_ O catecismo nos ensina que a sexualidade está ordenada para o amor conjugal entre o homem e a mulher. No casamento, a intimidade corporal dos esposos se torna um sinal e um penhor de comunhão espiritual. Entre os batizados, os vínculos do matrimônio são santificados pelo sacramento (C.I.C. n. 2360), afirmou Pe. José.
_ A sexualidade é uma luz radiante que se projeta em todo o nosso ser. A verdadeira paz consiste em viver a vida tal qual ela é. A vida é expressão do amor de Deus. Se eu amo, se eu vivo intensamente meu ser (masculino ou feminino) estou de posse da verdadeira luz, afirmou Sônia.
Gilberto concluiu:
_ Quem é escravo do pecado, sobretudo em se tratando do pecado que envolve a sexualidade vive nas trevas. Disse Jesus a seus discípulos: “Vós sois luz do mundo!” (Mt 5, 14). Ser luz do mundo significa ser gente sadia, cheia da presença de Deus, repleta de sua graça.
_ Vamos fazer uma pausa para tomarmos um cafezinho para depois retornarmos ao mesmo assunto, disse Pe. José.
Castidade matrimonial segundo o Catecismo da Igreja Católica
Retornando ao círculo, Pe. José fez o uso da palavra dizendo:
_ Agora nosso argumento é sobre a castidade no matrimônio. De que modo os casais necessitam viver a sexualidade, a fim de que sejam castos, puros e possam dar bons exemplos para seus filhos?
O casal Jair e Aparecida foram os primeiros a pronunciarem.
_ A castidade é o modo correto de viver a sexualidade. As pessoas casadas são convidadas a viver a castidade conjugal, que consiste na santidade das relações entre os cônjuges, sem adultérios e qualquer tipo de paixões desordenadas, afirmou Aparecida.
Jair lembrou-se do testemunho de Tobias: "Levanta-te, minha irmã, oremos e peçamos a nosso Senhor que tenha compaixão de nós e nos salve” (...) A atitude do casal foi de viver a unidade matrimonial como uma verdadeira vocação (Tb 8,4-9).
_ O ato sexual no matrimônio é puro e querido por Deus, sobretudo quando é precedido de boas intenções. Com diálogo e muita oração o casal saberá viver o relacionamento sexual de maneira a preservar e promover sempre mais a beleza da união entre o casal, argumentou Vando.
Vânia acrescentou:
_ "Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana, significam e favorecem a mútua doação pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido."
A sexualidade é fonte de alegria e de prazer, acrescentou Olímpio. Tendo o Código de Direito Canônico em mãos afirmou:
_ O próprio Criador... Estabeleceu que nesta função, isto é, de geração. Os esposos sentissem prazer e satisfação do corpo e do espírito. Portanto, os esposos não fazem nada de mal em procurar este prazer e em gozá-lo. Eles aceitam o que o Criador lhes destinou. Contudo, os esposos devem saber manter-se nos limites de uma moderação justa (C.I.C. n.2362).
Francisca confidenciou:
_ O relacionamento íntimo do casal deve ser em prol da dignidade de ambos. Tudo o que une o casal pode e deve ser vivido. A pureza, a santidade do casal inclui todos os níveis como o afetivo, o psicológico e o sexual.
Dirce leu o texto de Ivan Funsec:

O Verbo encarnado passa a ser o centro de nossas vidas (Cl 1, 15) O homem depende de Deus. “A dignidade do homem surge como um elemento dinâmico, devido à relação viva e pessoal com Deus” (Ivan Fusec, 39). Vando acrescentou:
_ O homem e a mulher são diferentes, porém um complementa o outro, gerando unidade e fecundidade, promessa de bons frutos, continuação da espécie e de toda a criação, elevando-se cada dia mais a dignidade pela qual foi criado. Diferentes, mas com a mesma natureza, a fim de facilitar a reciprocidade. O homem sem a mulher e a mulher sem o homem são incompletos. Todos os dois são necessários. O homem completo é o casal, o homem em comunhão, reciprocidade na unidade. Unidade na diversidade: integração “Sede fecundos e multiplicai-vos” (Ivan Fusec 42).
Andreia questionou:
_ Este texto está muito interessante, porém, tenho uma dúvida: Eu pensava que a sexualidade era uma coisa nossa e que Deus fica lá de cima nos controlando. Como é possível viver bem a sexualidade como uma coisa de Deus? Só quando estivermos unidos no matrimônio?
_ A missão do casal cristão é fazer de sua união um sinal do amor de Deus. É tornar-se fecundo. Gerar novas vidas conscientes de que quanto mais se vive o amor de Deus, mas a pessoa faz de sua vida um dom para quem estar por perto. Se esta pessoa é seu esposo ou esposa, o compromisso de castidade, pureza de atitudes, fidelidade, esforço mútuo para viver o amor são promessas de bons frutos, respondeu Sônia.
Amanda questionou:
_ Qual é a finalidade do amor conjugal?
Gilberto usou o texto do Magistério dizendo:
_ “A finalidade do amor sexual é vocação ao amor e a fecundidade” (OEA, 30 e 24). A vocação matrimonial é altruística. A partir da celebração do matrimônio todo o egoísmo deve deixar espaço somente para a reciprocidade e ao mútuo dom de si (OEA, 24).
Aparecida acrescentou:
_ Os cônjuges são chamados a viver o amor oblativo. Este, por sua vez significa doação, entrega, afinidade, simpatia, enamoramento, amizade e benevolência (cf. GS 49, 1). Os cônjuges devem ter interesse pelo outro. Deve amar como Jesus amou, pois também somos amados por Deus a todo o momento.

Dirce apontou algumas exigências:

_ O matrimônio exige o dom de si mesmo, amor maduro, total e irrevogável, estável, indissolúvel e eterno (Ivan Fusec, 34). Em poucas palavras, o cônjuge renuncia a si mesmo para ofertar-se ao outro.

_ No campo da sexualidade de que maneira esses problemas poderão surgir? Perguntou Fernanda.

_ A vida sexual irresponsável e feita de modo egoísta pode trazer graves danos à harmonia conjugal. Não existe casamento que sustente quando há infidelidade conjugal. O perdão deve ser dado, porém voltar a cair no mesmo pecado, a ponto de tornar um vício é injusto e desumano. Por isso, quando há traição, além do perdão e reconciliação, o melhor remédio é melhorar a vida afetiva. Ser mais educado, transparente, equilibrado e dialogar sempre, respondeu Gilberto.

Sônia confidenciou:

_ Conheço casais que são muito diferentes em relação ao seu cônjuge. O desnível cultural e educacional pode ser também um problema. Às vezes um cônjuge é mais objetivo, enquanto o outro floreia demais até chegar naquilo que ele deseja. Isso traz irritação e mal estar.

Gilberto completou:

_ Você que tem curso superior, não humilhe seu cônjuge, se ele tem apenas o ensino fundamental. É bom que o casal tenha o mesmo nível cultural.

_ Acredito que o casamento feito às pressas, a correria do mundo moderno pode comprometer a vida afetiva do casal, ponderou Pe. José.

_ Falta maturidade, na maioria dos casos de separações. Cada ano que passa os jovens demoram mais atingir aquele grau de maturidade exigida para o matrimônio. Fique atento e procure ter a certeza de que a fase da adolescência já passou, pois muitos não passam dessa fase depois dos trinta anos, assegurou Fábio.

_ A amizade é fundamental. Pouca amizade em relação à família do noivo (a) é um péssimo sinal. Já ouvi dizer que não existe um bom casamento em que as famílias dos cônjuges fiquem do lado de fora. Conheça e saiba relacionar de modo frutuoso com os sogros, completou Vânia.

_ Ciúmes e desconfianças, antes mesmo do matrimônio, são sinais a serem analisados com calma. Aquele que fica com marcação o tempo todo, pode esconder insegurança e desejo de dominação, afirmou Dirce.

Para concluir o circulo Vânia afirmou:

_ Não é a riqueza e o conforto que fazem um casal feliz, mas sim a boa convivência, o amor e a compreensão mútua.

De que maneira os cônjuges devem viver a sexualidade?
Gilberto iniciou o novo círculo dizendo:
_ Viver a sexualidade como um grande presente de Deus exige empenho contínuo. Podemos comparar a sexualidade como uma luz. Se ela está apagada, a pessoa está nas trevas do pecado.
Sônia acrescentou:
_ Quem odeia o irmão (ã) está nas trevas do erro. Ao contrario, “o que ama o seu irmão permanece na luz e não corre risco de tropeçar” (1Jo 2, 10). Quando o amor vai embora, a relação marido e mulher torna-se mundana. Quando o amor vai embora, o casal torna-se insensível e indiferente. Sem amor não há esperança, não há transformação, alegria e verdadeira paz. Sem amor o relacionamento entre o homem e a mulher torna-se desumano e os frutos serão sempre amargos.
_ A vida sexual equilibrada é todo um programa que deve ser trabalhado ao longo de nossa vida. O objetivo final é a maturidade e a vida de santidade, na qual, todos nós somos chamados a darem o melhor de si para construirmos famílias íntegras onde o amor e o respeito estão sempre de braços dados. Os sinais de quem são maduros são: a gentileza, a simpatia, a fácil à comunicação interpessoal, a fraternidade, serenidade, o olhar puro, o sorriso e a ternura, explicou Aparecida.
_ Vejo o testemunho de meus pais, disse Flavio. Eles procuram viver a harmonia conjugal. Nunca ouvi meus pais discutirem. Havia divergências de ideias, mas a gente compreendia que entre eles compreendia que entre eles existia um amor profundo.
_ Viver bem a sexualidade no matrimônio implica dar a vida pelo outro, viver os momentos de alegria, mas também saber conviver com as sombras, ter a paciência em ajudar o outro nos momentos difíceis e não viver um matrimônio de conveniência, amor sem motivação, testemunhou Vânia.
_ Amar alguém de modo autêntico é excluir todo o desejo de posse e fazer eclodir o diálogo, a empatia, ou seja, colocar-se no lugar do outro, trabalhar juntos, olhar na mesma direção e partilhar os mesmos ideais, partilhou Vando.
Gabriel relatou aos presentes que para fluir bem o relacionamento é necessário compreensão e muito amor. É uma grande missão, um investimento diário de virtudes. É um mistério, algo que não dá pra ser respondido em poucas palavras.
Andreia acrescentou:
_ Espero que até no final do encontro possamos compreender aquilo que é fundamenta, pois, ainda tenho muitas dúvidas sobre o casamento.
Ao término do círculo Jair confortou Gabriel com palavras de ânimo, assegurando que no outro círculo o diálogo continuaria o mesmo tema.

Atitudes básicas para viver a sexualidade
De volta ao círculo de discussões Jair perguntou aos noivos:
_ Quais as atitudes básicas para viver a sexualidade?
Kássio afirmou:
O amor é essencial na vida do ser humano. Sem ele não conseguimos viver e respeitar as pessoas. Devemos ajudar as pessoas sem querer recompensas. No mundo moderno as pessoas sempre querem algo em troca.
Valentina acrescentou:
_ Precisamos compreender o que é essência. Para mim o que é importante, pode não ser para o meu cônjuge. Qual é o princípio geral no qual todos os casais poderão tomar como referência? Esta é a minha dúvida.
Pe José esclareceu:
_ O amor é toda atitude que vai além da satisfação sexual e de todo interesse financeiro. Por amor deixamos de ganhar o financeiro e evitamos certos prazeres da vida. O amor é aquela atitude que nos tira do egoísmo. Disse Jesus: “ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15, 13).
Júnior afirmou:
_ João Paulo II dizia que a maturidade afetiva supõe que o amor esteja no centro da existência humana: “O homem não pode viver sem amor”. Ele permanece por si mesmo um ser incompreensível, a sua vida sem sentido, se não lhe é revelado o amor. Se ele não encontra com o amor, se ele não o experimenta e não o faz próprio, se não ama verdadeiramente.
_ Muito bem Júnior, você está bem informado. O problema é que há certas pessoas que não sabe o que é o amor de verdade. Por isso, sofrem e fazem outras pessoas sofrerem, argumentou Fernando.
_ O respeito é uma atitude importante, pois quem ama compreende a pessoa amada e, sobretudo procura aceitar os limites e solicitações de quem ama, compartilhou Andreia.
Gabriel concluiu dizendo:
_ A atitude mais sensata que eu vejo entre os casais é a capacidade de dialogar. Quem ama quer o bem para quem está do seu lado. Se existem algo que não está encaixando, com um pouco de paciência os dois resolvem os problemas numa boa.
Vando encerrou o círculo convidando a todos para uma pausa. Aqueles que desejarem tomar um café...
De que maneira podemos colocar em prática e viver nossa sexualidade em relação às pessoas que nos cercam?
Neste círculo queremos ouvir mais os casais, não excluindo, de modo algum a cooperação dos noivos. Para vocês, qual é o segredo em viver a sexualidade em relação aos filhos e às pessoas de nosso convívio? Perguntou Jair.
_ O primeiro passo é reconhecer que sexualidade é muito mais que relações íntimas entre o casal. Devemos, pois, nos libertar dessa falsa compreensão do termo para desenvolvermos melhor nossa sexualidade, afirmou Evando.
_ Enquanto falo com meus colegas de trabalho devo levar a eles a minha presença amiga como alguém que os ama de verdade, servindo-os, respeitando-os em sua dignidade, aconselhou Olímpio.
Sônia acrescentou:
_ Trate sua secretaria ou colega de trabalho como se fosse sua irmã ou sua própria mãe. Por parte das jovens, mesmo que esteja diante do homem mais bonito da cidade, controle-se e veja nele o seu irmão ou seu próprio pai.
_ Aparecida confirmou:
_ A amizade tem seus limites. Preciso ter prudência. Cuidado com as brincadeiras.
Dirce argumentou:
_ A comunicação de sentimentos e desejos estão numa dimensão de amizade, fraternidade. Podemos e devemos ter bons amigos em nosso trabalho, na comunidade, mas os limites devem ser respeitados.
_ O bom relacionamento gera confiança mútua, amizade verdadeira e a paz duradoura. A alegria da convivência florirá e dará seus frutos, caso a pessoa está aberto apenas para o bem, afirmou Lenice.
_ Terá dificuldades nesta área quem ainda não descobriu o valor da missão matrimonial. Somente pessoas que ainda vivem de modo desequilibrado poderá encontrar dificuldades, testemulhou Francisca.
Pe. José explicou:
_ A arte do relacionamento fraterno tem como pedra de toque a sexualidade. A sexualidade nos une. Deus nos fez homens e mulheres, não simplesmente macho e fêmea. Quando nos esquecemos dessa realidade torna-se difícil o relacionamento com os nossos irmãos.
_ Muito bem, Pe José. Um grande homem, uma grande mulher saberá viver sua missão e terá sempre bons motivos para aumentar as amizades, sem colocar sua vida e sua família em maus lençóis, acrescentou Vando.
Vânia disse que, na prática, Devemos abraçar uns aos outros e sentir a presença deles como nossos irmãos e irmãs de forma integral e não apenas um “corpo”, “objeto de desejo”. Essa prática também se aplica aos casais. Somente quem é irmão e ou irmã do outro (a) poderá respeitá-lo e amá-lo (a) como esposo (a). Se o teu olho é são todo o corpo está protegido (Mt 6, 22). Assim também acontece no relacionamento com outras pessoas.
_ No relacionamento humano, de modo especial, no matrimônio, os cônjuges devem assumir cada dia mais momentos de amizade íntima que enriquece a alma e o coração do casal, explicou Marta. Não se vive bem a sexualidade aqueles que necessitam exercitar apenas os órgãos genitais, mas aqueles que perseveram na pureza de pensamentos, de intenções, de vontade e de atitudes. Se o casal vive bem sua sexualidade, ele já tem tudo não precisa buscar fora. Mas, se há lacunas na vida íntima do casal, o risco de um matrimônio infeliz aumenta.
Vivendo a sexualidade no cotidiano de nossas existências
Gilberto afirmou:
_ É necessário fazer de modo extraordinário as coisas simples. Ser simples é ser espontâneo (a), fiel e verdadeiro. O amor de Deus é muito simples. Ele não exige muito de nós, apenas pede que deixemos de lado todo o pecado. Deste modo as amizades, os relacionamentos, desprovidos de interesses pecaminosos, trarão muito mais prazer e alegria de viver do que alguns minutos de desejo carnal.
_ A amizade é tudo, confirmou Sônia: As melhores e boas amizades aumentam as doçuras da vida. A amizade é um exercício espiritual e não tolera qualquer tipo de interesse egoísta. Entre cônjuges que são amigos verdadeiros podem e deve haver momentos de prazer e alegria.
Aparecida acrescentou:
_ A segurança do ser humano não está em si mesmo e muito menos em seu semelhante. Deus é a nossa segurança. Nossa segurança se baseia no amor de Deus, seja dentro do casamento ou fora. Devo estar seguro de que minhas atitudes aumentam cada vez mais a amizade com Deus e com os irmãos.
Jair concluiu:
_ Para ter a segurança de que estou vivendo a sexualidade de modo correto preciso responder esta pergunta: com estas atitudes sou mais pessoa, com estes pensamentos sou mais homem, (mulher) com estas palavras comunico o amor de Deus? Com estas atitudes ajudo meu esposo (a) crescer como pessoa?


VI. MÁ FORMAÇÃO CONGÊNITA

Casal Adirão e Jovita

Para início de conversa, Evando convidou os noivos para mais um momento de reflexão. O tema abordo: “a má formação congênita”. Pediu aos participantes que acolhesse o casal Adirão e Jovita, dizendo:
_ Este casal tem ajudado muitas famílias sobre este tão importante. Seguindo a mesma metodologia, faremos perguntas e também partilharemos nossas experiências.
Jovita foi a primeira a romper o silêncio:
_ Boa tarde! Estamos no final desse encontro de partilha e esclarecimento sobre esta nobre missão que toda a sociedade espera de todos nós. Eu e meu esposo, tivemos a oportunidade de pesquisar, refletir e orientar uma dezena de casais ao longo de nossas vidas. Estamos casados há 40 anos. Viemos aqui para falarmos também de nossa experiência.
_ Boa tarde! Cumprimentou Adirão. Espero que a nossa presença desperte em vocês o desejo de aprofundar o tema e procurando estar atentos sobre alguns procedimentos para evitar transtornos. Deus nos fez perfeitos, porém, o ser humano, no uso de sua liberdade, pode provocar o surgimento de distúrbios orgânicos e comportamentais. Queremos salientar algumas causas de malformação congênita, perfeitamente evitáveis, se os pais (genitores) tomarem certas precauções.
Substâncias Químicas e Drogas.
_ Vamos falar sobre as substâncias químicas e drogas que atrapalham e compromete a vida da criança que está sendo formada no útero materno, afirmou Jovita. Como a placenta não é uma barreira absoluta entre as circulações sanguíneas, materna e fetal, qualquer fármaco, ou substância química deve ser considerada potencialmente perigosa para o feto quando ingerida pela mãe.
Fernando perguntou:
_ Nenhuma quantidade de álcool é permitido ou tem um limite que não prejudique o bebê?
_ Ate mesmo uma quantia pequena fará mal para a criança. Adirão explicará o por quê, disse Jovita.
_ O Álcool é sem duvida uma droga que causa defeitos no desenvolvimento do embrião, afirmou Adirão. A exposição intrauterina, mesmo em pequena quantidade pode resultar na Síndrome Alcoólica Fetal, uma das causas mais comuns de Deficiência mental. Os sintomas são: crescimento lento, antes e depois do nascimento, anomalias faciais típicas, olhos pequenos e afastados, nariz pequeno e arrebitado, e queixo retraído, geralmente elas nascem com problemas de visão. O álcool também pode afetar os rins, o estomago, coração e outros órgãos. A criança mal formada também está sujeita a anormalidades genitais e danos tais como hiperatividade, nervosismo extremo, capacidade reduzida de concentração, deficiência de raciocínio e incapacidade de aprender com a experiência, explicou Adirão.
_ Meu Deus. Então o problema é sério. Isto é comprovado pela ciência? Perguntou Gabriel.
Sim, afirmou Jovita. A síndrome do alcoolismo fetal é irreversível e pouco se sabe sobre a quantidade de álcool que pode provocá-la. A Dra. Maria Teresa Zulini da Costa, pediatra do Hospital Universitário da USP (Universidade de São Paulo) afirma que qualquer quantidade é um risco para o feto em formação e, por isso, mesmo as bebidas tomadas socialmente devem ser evitadas pelas mães durante a gestação.
Adirão concluiu:
Vou ler uma lista de outros agentes que causam defeitos do desenvolvimento no embrião a serem evitados: pesticidas, desfolhantes (substâncias químicas que levam as plantas a desprender prematuramente suas folhas), substâncias químicas industriais, alguns hormônios, antibióticos anticoagulantes orais, anticonvulsivos, agentes antitumorigênicos, fármacos tireóideos, talidomida e numerosos outros fármacos de prescrição; LSD (ácido lisérgico, Doce, Selo, Micro-ponto), maconha, craque e cocaína.
_ A mulher grávida que usar cocaína, por exemplo, submete o feto a alto risco de crescimento retardado, problemas de atenção e orientação, hiperirritabilidade, tendência a parar de respirar, órgãos malformados ou ausentes, acidentes vasculares cerebrais e convulsões. Os riscos de aborto espontâneo, parto prematuro e parto de natimorto também aumentam com a exposição do feto a cocaína, afirmou Jovita.
_ E o cigarro, onde fica nesta história. De que maneira ele prejudica o bebê? Perguntou Amanda.
_ Há fortes evidências de que o cigarro, durante a gravidez, impede o crescimento. Existe também forte associação entre o cigarro e a elevada mortalidade fetal e infantil. As mulheres que fumam têm risco muito maior de gravidez ectópica. O cigarro pode ser teratogênico e causar anormalidades cardíacas e anencefálicas (defeito do desenvolvimento caracterizado pela ausência de cérebro), respondeu Adirão.
O que é gravidez ectópica? Questionou Flávio.
_ É o tipo de gravidez que ocorre fora da cavidade uterina. A grande maioria acontece nas trompas.
_ O cigarro também parece ser fator importante no desenvolvimento do lábio e palato fendidos (lábio Leporino) e tem sido sistematicamente, ligado à síndrome de morte infantil súbita, acrescentou Jovita.
Adirão continuou o discurso, dizendo:
_ Descobriu-se também que recém-nascidos amamentados ao peito de mães fumantes também tem alta incidência de distúrbios gastrintestinais. Mesmo a exposição da mãe a fumaça do cigarro (fumante passivo, que respira a fumaça do cigarro no ar) predispõe seu bebê à alta incidência de problemas respiratórios, incluindo bronquite e pneumonia durante o primeiro ano de vida.
_ Atenção mulheres! O fumo causa distúrbios de conduta dos filhos. Mulheres que fumam mais de dez cigarros por dia durante a gravidez têm 4,4 vezes mais em relação a mulheres que não fumam, o risco de terem filhos com distúrbios de conduta disse Jovita.
_ Tem alguma mulher fumante no grupo? Perguntou Adirão.
Ninguém se manifestou.
_ Graças a Deus! Pesquisas preliminares indicaram que a fumaça do cigarro das mães durante a gestação alterou o modo como o DNA. E o RNA. Foram sintetizados no cérebro de seus filhos. As moléculas de DNA controlam a formação de proteínas que são produzidas pelas de RNA, concluiu Adirão.
Fernando perguntou:
_ Onde o senhor pesquisou a tese de que o cigarro provoca desvio de conduta?
Segundo um estudo da Universidade de Chicago, divulgado pelos “Archivesof General Psychiatry” da Associação Medica Americana, respondeu Adirão.
Os filhos de homens que fumam mais de 20 cigarros por dia têm risco 30% maior de desenvolverem câncer segundo estudo da Universidade de Birmingham no Reino Unido publicado no “British Câncer Journal” segundo os cientistas, o fumo leva a produção de espermatozóides defeituosos, afirmou Jovita.
Nossa, o problema é sério. Devemos tomar cuidado! Com a vida a gente não se brinca, afirmou Amanda.
Algumas Doenças que Podem Causar Malformação Congênita.
Adirão, fez o uso da palavra e explicou que algumas doenças podem agredir as mulheres gestantes nos três primeiros meses de gestação. Elas podem afetar o feto causando-lhe malformação congênita:
Rubéola
Poderá causar cataratas, retinopatia, microencefalia e deficiência mental. A rubéola é de fato perigosa e todo cuidado é pouco. Aconselhe-se com seu médico, e faça a vacinação adequada caso seja necessário.
Toxoplasmose.
Se o número de toxoplasma estiver elevado na corrente sanguínea de uma gestante poderá causar no feto: coriorretinite, microencefalia, deficiência mental. Evitamos esta doença não ingerindo alimentos de origem animal contaminados como carnes mal passadas. Evitar contatos com animais contaminados, sobretudo gatos.
Sífilis.
É uma doença sexualmente transmissível e contagiosa. Produz lesões de caráter inflamatório e destrutivo em quase todos os órgãos. Causada por uma bactéria, o Treponema Pallidum. Quando a mãe é portadora de sífilis não tratada o bebê pode ter complicações graves como: lesões, pseudo paralisia, surdez, alterações ósseas, incluindo a morte.
_ Para encerrar a discussão sobre este tema gostaria que vocês tomassem algumas precauções, tais como:
Fazer os exames pré-nupciais; vacinações caso o calendário de vacinação esteja incompleto; se tiver alguma doença tratar antes de se engravidar; vida saudável e alimentação correta.
Usar ácido fólico antes e durante a gravidez ajuda evitar malformação congênita como: coluna bífida e hidroencefalia. O ácido fólico é encontrado no amendoim, nos cereais integrais, vegetais de cor verde, concluiu Jovita.

Planejamento familiar
Mudando de assunto. Vamos agora refletirmos sobre o planejamento familiar, disse Jovita. Para bem planejar a família, é preciso conhecer um pouco mais sobre fecundidade, que não é somente a capacidade de gerar filhos. É preciso compreender a extensão dessa fecundidade que nasce do desejo mútuo dos corações dos esposos, do amor doado que deseja profundamente gerar uma vida. Portanto, cada filho nasce primeiro no coração dos esposos.
_ A fecundidade tem também dimensão emocional, psicológica e espiritual. Quando atingimos esse nível de compreensão percebemos que o filho é um dom que Deus nos concede. Uma vez que o coração é fecundado e cheio de amor, fecundidade biológica cede lugar à fecundidade espiritual que se doa aos que mais precisam, afirmou Adirão.
Alguém tem alguma pergunta a fazer sobre o tema? Perguntou Jovita.
Laura respondeu:
_ Sim. Gostaria de saber sobre os métodos anticoncepcionais.
_ São técnicas que objetivam evitar novos nascimentos, como todas as técnicas usadas interferem na saúde de quem dela se utiliza (fundamentalmente a mulher), a contracepção tem uma dependência total da medicina e dos médicos. Os métodos contraceptivos são um instrumento da medicina e fora do seu controle constituem-se graves ameaças à saúde das pessoas. Mesmo no âmbito de ação medica, são cada vez mais frequentes as comunicações dos prejuízos causados as pessoas pela indicação indevida das drogas ou dos instrumentos de contracepção.
_ As técnicas contraceptivas vão desde os métodos que evitam a gravidez, até aqueles que eliminam a vida já concebida, concluiu Adirão. A postura da Igreja frente aos métodos contraceptivos é se colocar a favor da vida, e vida com qualidade, seja a vida da mãe ou da criança.
_ Estive lendo alguns artigos sobre este tema. O que são Métodos Rítmicos ou Naturais? Eu não entendi bem, perguntou Pedro.
_ São os métodos que utilizam da rítmicidade do ciclo menstrual, evitando, assim a relação sexual durante o período fértil. Os mais comuns são a tabela de Ogino Knaus, a temperatura basal e o muco cervical ou método de ovulação, respondeu Jovita.
_ O que é a tabelinha ou tabela de Ogino Knaus? Perguntou Andreia. Será que funciona mesmo?
_ É o método contraceptivo que se baseia em evitar as relações sexuais durante o período fértil. Considerando-se que o óvulo tem vida media de 24 a 48 horas, e os espermatozóides 48 a72 horas o período fértil da mulher varia em media seis dias. Para o método ter uma maior segurança na prática, recomenda-se uma abstinência sexual de mais ou menos nove dias, respondeu Adirão.
_ Como se faz a “Tabelinha”? Parece ser simples, mas já ouvi dizer que em alguns casos não funciona, questionou Pedro.
_ Para que ela seja utilizada, a mulher precisa ter ciclos menstruais regulares. O ciclo mais comum é o de 28 dias, assim a ovulação se dá provavelmente no 14° dia do ciclo. Assim a abstinência sexual deve ser feita do 09° dia ao 17° dia do ciclo. Uma mulher com ciclo de 25 dias tem sua ovulação no 11° dia do ciclo já uma mulher com ciclo de 30 dias, tem sua ovulação no 16° dia com esses exemplos, vocês notaram que a ovulação é calculada 14 dias antes do fim do ciclo, e ela só podem ser feitos como foi dito em mulheres com ciclos regulares, explicou Jovita.
_ Atenção mulheres: mudanças dos hábitos de vida (um choque emocional ou um acidente) podem alterar a ovulação, ponderou Adirão.
_ O método de ovulação também chamado de Billings é uma técnica para regular a natalidade. É um método altamente científico eficaz.Pode ser usado para obter ou para evitar uma gravidez. É aplicável em todas as fases da vida reprodutiva, aceitável por todas as culturas, acrescentou Jovita.
_ O método de ovulação fundamenta-se no ciclo menstrual e, com auxilio de um instrutor a mulher adquire o conhecimento do seu corpo aprendendo a identificar os seus períodos de fertilidade e infertilidade. Ela observa e registra diariamente as sensações que tem na vulva que podem ser: secura, umidade e lubrificação, afirmou Adirão.
_ A umidade e lubrificação são produzidas por um muco que aparece na vagina, semelhante a uma gelatina, que vai se modificando até parecer clara de ovo cru e regride bruscamente voltando à semelhança de gelatina. Isso indica que é o período fértil. Quando acontece a mudança brusca da clara de ovo cru, voltando a semelhança de gelatina, podemos dizer que já aconteceu o ápice. O ápice é o ultimo dia em que a mulher sente na vulva a sensação de umidade lubrificante, ele indica que a ovulação esta próxima ou acaba de acontecer. Identificamos o ápice um dia depois de ter ocorrido, quando sentimos a mudança de lubrificação para a sensação de pegajosa ou seca, explicou Jovita.
_ Atenção, caríssimo jovens: o mais importante é a sensação de lubrificação e não o muco que se vê o muco pode desaparecer, mas permanece a lubrificação, por isso que ápice é sempre o ultimo dia de umidade lubrificante, afirmou Adirão.
Jovita continuou:
_ Após identificar o ápice, mais três dias, a mulher entra em fase infértil, isto é, terá na vulva uma sensação seca, áspera, ou com um muco pegajoso, cremoso que não da sensação de umidade lubrificante, ficando igual todos os dias até a próxima menstruação quando inicia novamente o ciclo.
_ Quer dizer que os ciclos menstruais são variáveis? Perguntou Gabriel.
Os ciclos menstruais são variáveis. Após a menstruação a mulher poderá ter dias secos (inférteis) ou entrar logo no período de umidade (fértil), respondeu Adirão.
_ Quais as vantagens deste método? Perguntou Amanda.
_ Ajuda a mulher a conhecer melhor o funcionamento do corpo; incentiva o casal ao dialogo, a cultivar o amor; educa para a corresponsabilidade; valoriza a vida e é de graça, concluiu Jovita.
_ Espere um pouco. Eu tenho uma dúvida. O período que a mulher tem mais prazer na relação, ela deve fazer jejum? Isso é injusto, questionou Fernanda.
_ O carinho substitui a relação íntima, Fernanda. O casal não poderá viver só de intimidade. Existem outras formas de expressar o amor entre os dois. Aliás, o sacrifício aumenta o amor, o respeito entre o casal, respondeu Jovita.
Métodos hormonais

_ Vamos para outro assunto importante. Alguém poderia me dizer o que são Métodos hormonais? Perguntou Adirão.
_ Acho que são os anticoncepcionais, respondeu Kássio.
_ É verdade, Kássio. São métodos que utilizam hormônios semelhantes aos produzidos pelo ovário e que tem função de impedir a ovulação e assim evitar uma gestação. O método hormonal mais usado é a pílula anticoncepcional. Elas se classificam em: injetável, adesivo, anel vaginal, implantes de cápsulas (Norplant) e o endoceptivo (estrutura de polietileno em forma de T) contendo levonorgestrel, respondeu Adirão.
_ Quais os casos em que a mulher não pode tomar a pílula? Perguntou Valentina.
_ Quando há varizes, tromboses e historia familiar de AVC (acidente vascular cerebral); dor de cabeça ou enxaqueca constante; hepatite, tumores em geral; mononucleose e diabetes; hipertensão, angina e infarto, respondeu Adirão.
_ Quais os efeitos colaterais da pílula? Perguntou Fernanda.
_ Geralmente, nos primeiros meses de uso da pílula as mulheres se queixam de irritabilidade, náuseas, aumento de peso e perdas anormais de sangue, estas alterações tendem a desaparecer após as três primeiras series. Porem se ocorrer dor de cabeça, enxaqueca, dormência nas pernas, alterações na visão ou outros problemas a mulher deve procurar o medico com urgência, respondeu Jovita.
O que são Métodos Mecânicos? Perguntou Andreia.
_ Existem vários tipos de métodos contraceptivos mecânicos como os condons (camisinhas), diafragma, esponja vaginal coito interrompido, duchas vaginais e o DIU, respondeu Adirão. O DIU, ou dispositivo intrauterino é um pequeno objeto plástico recoberto com cobre normalmente em forma de “T”. Quando colocado no útero evita a gravidez.Seu mecanismo de ação ainda não é bem conhecido, sabe-se que ele aumenta a motilidade das trompas, fazendo com que o óvulo passe rapidamente por ela. Além disso, ele causa um ambiente no útero impróprio para a implantação do ovo.
_ É bom lembrar que o uso do DIU pode causar: menstruação prolongada, perda sanguínea no meio do ciclo, corrimento e cólicas uterinas, estas queixas tendem a desaparecer em poucos meses, pois são decorrentes do período de adaptação. Em certos casos, pode causar infecção genital alta, que pode ate levar a esterilidade concluiu Jovita.
Métodos Cirúrgicos de esterilização
Vamos abordar outro tema do interesse de todos: Métodos Cirúrgicos de Esterilização, disse Adirão. São intervenções cirúrgicas que pessoa perde a capacidade de procriar. Existem dois métodos de esterilização cirúrgica: a Vasectomia (homem) e a Laqueadura das trompas (mulher). O que é Vasectomia? É uma pequena cirurgia realizada nos homens que não desejam mais gerar filhos, em que o médico corta o canal por onde passam os espermatozóides. O que é Laqueadura? É uma cirurgia feita na mulher, na qual as trompas são interrompidas, impedindo que o óvulo se junte a um espermatozóide. Esse método é considerado definitivo porque, dificilmente a mulher poderá engravidar novamente, respondeu Adirão.
_ É verdade que a mulher evita a menstruação, durante o período em que ela amamenta o bebê? Perguntou Amanda.
_ Sim, afirmou Jovita. Trata-se do Método da Lactação e Amenorréia (LAM). É o método da lactação e amenorreia (LAM), e consiste no uso da amamentação como um método temporário de planejamento familiar (Lactação refere-se à amamentação, amenorreia significa ausência de menstruação).
_ E quais são as vantagens? Eu tenho uma amiga que me disse: Eu não tomei e fiquei grávida, argumentou Amanda.
_ É eficaz para prevenção da gravidez durante pelo menos seis meses e talvez, mais se a mulher continuar a amamentar frequentemente, durante o dia e a noite; estimula a mulher a manter um esquema ideal de amamentação; não produz custos de planejamento familiar ou de alimentação para o bebê; não há efeitos colaterais do uso de hormônios. Supre o bebe com o melhor tipo de alimento; protege o bebe contra diarréia, que pode colocar a sua vida em risco. O que aconteceu com sua amiga pode ser o fato de que ela não tenha amamentado frequentemente. Vou estudar melhor o caso, disse Jovita.
A passagem da imunidade maternal para o bebê ajuda a protegê-lo de outras doenças que podem colocar sua vida em risco, tais como sarampo e a pneumonia. Ajuda a aproximar o bebê e a mãe. Esse é o lado positivo, afirmou Adirão.
Há também desvantagens. A eficácia após seis meses é incerta; a amamentação frequente pode ser difícil para as mulheres que trabalham fora de casa; não oferece proteção contra doenças sexualmente transmissíveis (DST), inclusive HIV (AIDS), acrescentou Jovita.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS EM RELAÇÃO À MÁ FORMAÇÃO CONGÊNITA
REVISTA ISTOÉ. Medicina e Bem-estar, Ano 32, N°2054, 25 Março 2009.

BILLINGS, EVELYN L. abreviado. Atlas Billings do método de ovulação: Padrões de muco de fertilidade e de infertilidade. Editora Santuário CENPLAFAM REVINTER. 1993
OLIVEIRA, ALEXANDRE. Saber Viver: Sexualidade. Editora Biologia & Saúde. 2000
TORTORA, G.J., GRABOWSKY, S.R. Princípios da Anatomia e Fisiologia: Nona Edição Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2002.
HATCHER, R.A. RINEHART, W. BLACKBURN, J.D. GELLER, J.S, SHELTON, J.D. JOLMES, H. Pontos Essenciais da Tecnologia de Anticoncepção: POPULATION Information Program. Editor Population Reports, Setembro de 2001.

Considerações finais

O MATRIMÔNIO E A UNIÃO DE CRISTO COM A IGREJA

No final do encontro, os casais se reuniram mais uma vez numa grande sala para tomar um lanche. Logo em seguida, foram convidados a participarem de uma celebração eucarística.
As celebrações eucarísticas são manifestações públicas de nossa fé em Cristo crucificado e ressuscitado. O testemunho é o que conta. O cristão é sempre alguém que encontrou Cristo e tornou-se discípulo e missionário. Jesus precisa ser encontrado, seguido, amado, adorado, anunciado e comunicado para toda a família. Uma vez que o casal é atraído por Cristo, deve cultivar sempre a amizade com ele por meio da oração e participação na vida comunitária.
Além da participação dos cônjuges nas celebrações, a Igreja os convida a participar de algum apostolado leigo. Os movimentos e pastorais tem por objetivos dar continuidade à formação dos casais cristãos, abordando diversas áreas da vida cristã. Os casais educam seus filhos com o testemunho são também chamados a participar da ação evangelizadora de toda a Igreja. “Não há missão sem discípulos, nem discipulado sem missão”. Portanto, cabe aos casais católicos desenvolver habilidades em prol da evangelização, iniciando sua missão na própria família.
A união esponsal é prefiguração da união de Cristo com a Igreja. Na eucaristia, o casal une a Cristo e sua missão torna cada vez mais participação no mistério de Cristo, onde ele dá sua vida em resgate de muitos. O casal cristão deverá comungar frequentemente, pois é na união sacramental com Cristo através da eucaristia que ele encontra razão para celebrar e viver unido para sempre com aquela (e) a qual prometeu amor e fidelidade todos os dias de sua vida.

O matrimônio cristão deve ser para o mundo um sinal da aliança e do amor pascal do Senhor (Gaudium et Spes n. 52). Para os esposos deve significar a missão de participar na transformação do mundo e da sociedade e crescer na vida de santidade.
Ser discípulos de Cristo exige formação permanente. Por isso, deverão também ter acesso às Sagradas Escrituras e participar dos diversos eventos paroquiais, a fim de conhecer mais a mensagem de Nosso Senhor Jesus Cristo, buscando sempre o melhor modo de santificação pessoal. A vontade de Deus é que todos sejam discípulos e missionários para a salvação do mundo e a construção de um mundo melhor.
Ao final deste encontro, desejamos que todos se esforcem para viver de maneira digna a vocação matrimonial. Esperamos que em suas dificuldades lembrem-se que estamos a disposição. Nossa missão é exatamente ajudar vocês a viver bem o sonho de uma família unida no amor de Deus. A união conjugal produzirá muitos frutos, se vocês colocarem em prática o que aprenderam nestes dias. Não se esqueça de serem testemunhas para que um maior número de casais possa viver o matrimônio de acordo com a vontade de Deus e para o bem de toda sociedade.
Anexos posteriores para ajudar a Pastoral Familiar
A oração é o modo de estarmos em sintonia com Deus e aprendermos com Ele qual é a sua santa vontade. A oração é uma forma de encontrarmos com Deus que está em nós e que deseja fazer da nossa vida uma primavera de flores, um outono de frutos da paz e da alegria. Por meio dela o casal se constrói, pois a família está sempre em permanente construção.
Viver a santidade

“Para sermos santos, basta evitar todo o tipo de maldade. Ser santo é reconhecer-se limitado, pecador sempre necessitado da misericórdia divina, da redenção. Os cônjuges devem santificar o matrimônio, santificar-se no matrimônio e santificar os outros através do matrimônio” (Arquidiocese de Mariana, 2009, 73). É justamente quando somos fracos que encontramos em Deus a fortaleza. Ele providenciará sabedoria, discernimento, enfim os elementos indispensáveis para que o casal construa uma família alicerçada na verdade e no amor.

Viver a santidade no matrimônio é reconhecer a vontade de Deus em relação à unidade entre o homem e a mulher, unidos pelo sacramento do Matrimônio. Os cristãos devem viver por meio da fé em Cristo e no Espírito Santo o projeto que o Pai tem para seus filhos. Deverá compreender que o homem é um ser integral, natural e sobrenatural junto (Ivan Fusec, 23).

Todos são chamados à vocação ao amor (cat 1602-1605). Viver a santidade é assumir a nova dimensão do Reino anunciada por Cristo (cat 1615;) “A santificação do Matrimônio foi realizada por Cristo com o preço de sua paixão e cruz” (João Paulo II).
A vida de oração ajuda os casais a viver com dignidade a sua vocação
Quando eu rezo aprendo a ser pessoa, a respeitar os outros como pessoa, imagem e semelhança de Deus. Com a oração descubro que sou muito mais do que um amontoado de carne, de nervos e de ossos. Com ela descubro minha alma, meu coração e meu espírito. Com ela descubro que viver bem não significa estar preocupado apenas com o prazer carnal, mas sim com o exercício harmonioso de toda alma que comunica com Deus. Com a oração meu corpo se transforma em templo santo, morada do eterno. Minha vontade torna-se livre para escolher a verdade e minha razão (inteligência), auxilia para que eu seja prudente e descubra o caminho certo da realização.
Viver a santidade no matrimônio é reconhecer a vontade de Deus em relação à unidade entre o homem e a mulher, unidos pelo sacramento do Matrimônio. Os cristãos devem viver por meio da fé em Cristo e no Espírito Santo o projeto que o Pai tem para seus filhos. Deverá compreender que o homem é um ser integral, natural e sobrenatural junto (Ivan Fusec, 23). Ele é imagem de Deus Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo).

I. Propostas de trabalho em grupo
Orientações práticas
A Igreja é acolhedora por sua própria natureza. Sua missão é ser escola de comunhão. Por isso, cabe aos discípulos e missionários da Pastoral Familiar acolher os noivos como um presente de Deus para seus irmãos.
Uma acolhida personalizada ajuda os noivos a abraçar o compromisso do Matrimônio como uma vocação, segundo as exigências do Evangelho. Os encontros de noivos, sendo bem assessorados é promessa de bons frutos. Os noivos aproximam mais de Deus, amadurece a fé cristã e tornam-se capazes de construir um lar como uma autêntica igreja doméstica.
A Diocese de Patos de Minas está em sintonia com apelos da Conferência de Aparecida. É necessário renovar a preparação remota e próxima para o sacramento do matrimônio e da vida familiar, com itinerários pedagógicos de fé (DA, n. 437). É preciso renovar a fé em Jesus Cristo e suscitar em todos os casais o zelo missionário, a fim de propagar o Reino de Deus e sua justiça.
Enquanto o mundo busca qualidade para atender melhor o cliente e lucrar mais, para nós cristãos, a palavra chave é o ACOLHIMENTO. “Acolher uma pessoa é reconhecer seu valor e sua dignidade. É dar-lhe chance e espaço para crescer. É permitir-lhe mostrar suas qualidades. O ser humano só pode ser ele mesmo quando se sente amado e escolhido. É só no clima aconchegante de mútua acolhida, que é próprio da convivência familiar, que alguém consegue se autorrealizar e superar os seus próprios limites” (Arquidiocese de Mariana 2009, 13).
Compreender, intelectual e praticamente o que é o sacramento do matrimônio e o que se está assumindo, dar um sim legítimo; ter maturidade mental e psicológica para gerenciar sua afetividade e seus relacionamentos de modo construtivo; estar aberto para educar-se, formar-se para a vivência matrimonial e familiar. (CNBB, Pré-Matrimonial, 13).
O que desejamos destes encontros e quais os objetivos a que nos propomos? Não se trata de uma equipe que sabe tudo e outra que está disposta a aprender. Os casais da Pastoral Familiar não são casais perfeitos. Devem ser testemunhas de uma fé viva em Cristo Jesus, amor à Igreja e a instituição familiar.
A condição básica é que todos sejam formados num mesmo espírito cristão de fraternidade. Irmãos reunidos em nome de Jesus Cristo. Ele é o centro de nossa convivência, de irmãos em comunidade, Igreja de Jesus.
Os casais servidores da Pastoral Familiar têm por objetivo ajudar os noivos construir proximidade com Deus. Motivá-los a acolher a Boa Nova de Jesus, “ensinar a doutrina cristã para o casamento, tentar colocar em seus ombros o peso da moral cristã, sem que elas tenham experimentado a alegria de um encontro com Deus, é uma tarefa quase impossível. É quase como construir sem alicerce” (CNBB, Pré-Matrimonial, 68).
O ambiente
O local deve ser acolhedor. Um mínimo de conforto: cadeiras, ventilação, luminosidade. É bom que tenha um jarro de flores na mesa, um forro bonito, enfim, que seja um ambiente acolhedor. Verifique se os banheiros estão limpos e se tem papeis e toalhas, etc. Não se esqueça da água e outros detalhes importantes para o bom funcionamento do mesmo.
Recepção
Chegar antes, preparar o ambiente e acolher a todos com alegria. Isso é um bom começo. Não se esqueça dos crachás e de todo o material que será usado. Evite correria de última hora. Acolher bem é sinal de organização, de boa educação, de amizade sincera e espírito de equipe que anima aqueles que servem.
Os participantes
São formados por pessoas de culturas diferentes. Cada um trás consigo uma experiência de vida bastante distinta. Algumas participam da comunidade, outras não tiveram oportunidade de serem catequizadas. Por isso, é preciso ter prudência ao perguntar ou exigir a participação de todos. “A chuva fina é que irriga a terra”. “Angu de um dia não engorda cachorro magro”. Com clareza e seriedade os casais conduzem os temas e responde as perguntas, intercalando com a participação dos noivos.
O tempo
Se um casal faz o usa da palavra por muito tempo, torna-se cansativo, se é de menos, fica a desejar. As pessoas têm limites de concentração. O tempo deve ser bem planejado. Não se deve esquecer os momentos de descanso e recreação.
Perguntas a serem elaboradas pelos participantes
Os casais da Pastoral Familiar devem estar atentos para não responderem perguntas secundárias. Por isso, os participantes podem depositar numa caixa aquele assunto que gostaria que fosse abordado no Encontro, por exemplo: “O que é necessário para viver a harmonia conjugal?”.
Normalmente os casais assessores usam a palavra para abrir o diálogo, corrigir, caso seja necessário e apresentar de modo seguro a doutrina da Igreja, tendo como suporte a Palavra de Deus. Não se pode agradar a todos, negando a nossa fé cristã. Devemos ser corajosos, porém nunca esquecer que se trata de uma proposta de Cristo que deve ser acolhida de maneira livre e espontânea por parte dos noivos. Quando o casal perceber que o tema está sendo difícil de assimilar poderá pedir aos noivos que cochiche entre eles sem sair de seus lugares.
Como deve ser feita as reflexões?
Os temas serão apresentados de forma propositiva e com simplicidade. As perguntas ajudam os casais de noivos a se motivarem sobre o assunto. Os testemunhos são importantes neste momento, porém nada de detalhes comprometedores. O diálogo deve ser franco e, na medida do possível breve. Os recursos audiovisuais poderão transmitir a mensagem. Por outro lado, evitem-se filmes prolongados. Estes, por sua vez poderão ser apresentados num outro curso de formação para casais.
E atenção! “Não perca tempo com mensagens negativas, pessimistas, relatos de tragédias familiares. Não é necessário que fiquem anunciando as vitórias do mal. Os problemas e as dificuldades pelos quais passam algumas famílias já são destaque nos noticiários” (Arquidiocese de Mariana 2099, 22).
Características do agente de Pastoral
1. Conhecer e viver a mensagem de amor de Jesus Cristo;
2. Ter a bíblia como base de sua fé;
3. Dar bons exemplos na família e na comunidade;
4. Ter esperança e acreditar naquilo que faz;
5. Investir na sua formação contínua;
6. Ser participante ativo;
7. Ser amigo, humilde, disponível e responsável;
8. Ser organizado, alegre, sincero e espontâneo;
9. Ser criativo, corajoso e perseverante;
10. Saber trabalhar em grupos e respeitar a opinião dos outros;
11. Saber ouvir críticas, não impor a sua opinião;
12. Ser dinâmico, saber perdoar.
Nota final
Sabemos que o testemunho de vida é condição essencial para a eficácia da preparação. Portanto, é preciso que os serviços prestados aos noivos nasçam de uma verdadeira santidade de vida, alimentada pela oração e, sobretudo pelo amor à Eucaristia (EM, n. 76). Unidos no amor de Cristo, os casais poderão transformar a mente e o coração dos noivos, dando oportunidades de crescimento na fé e tendo acesso à promessa de uma família segundo a vontade do Pai.
Bibliografia

Sagrada Escritura - Tradução CNBB
Sacrosanctum Concilium
Código de Direito Canônico
Casti connubii 1930
Familiari sconsortio
Matrimonio e famiglia oggi in Italia.
Pastorale pré matrimoniale
Diretorio di pastorale famigliare 1993
Apostilas do Curso de Noivos da Paróquia São Sebastião – Guimarânia
Síntese do Livro Cântico dos Cânticos (em italiano)
Artigos da revista Vita Pastorale (in Italia).
Código de Direito Canônico
Familiaris Consortio.
Alguns artigos da Internet
Curso de Noivos – Diocese Rio de Janeiro
GIUSEPPE MANZONI, Il cântico dei cantici, Roma 1993.
LARA L. O Direito Canônico em cartas, Brasília 2006.

ROTEIROS DOS ENCONTROS –

RELIGIÃO E CASAMENTO

1. O que é religião?
2. Qual é a importância da religião no casamento?
3. Quem é Jesus Cristo?
4. Qual a importância de Jesus Cristo na vida do casal?
5. O que é sacramento?
6. Qual a importância do sacramento no matrimônio?
7. Oração – Como rezar? Quando rezar?
8. O que é a missa? Qual sua importância?

VIDA A DOIS

1. Falar sobre carinho, humildade, perdão, fidelidade, lealdade, sinceridade, paciência, diálogo, compreensão, comprometimento, doação, tolerância.
2. Como deve ser a preparação para a vida a dois?
3. Como é a vida de casado? Quais as dificuldades? Qual é a hora de ceder?
4. Direitos e deveres, igualdades entre homens e mulheres e divisão de tarefas do dia a dia.
5. Falar sobre o ciúme e a rotina do casamento?
6. Como é o casamento no sentido da convivência?
7. Respeitar a individualidade de liberdade. Como?
8. Por que o desgaste e o divórcio no casamento?
9. Quais são as maiores dificuldades do casal nos primeiros dias e meses de casamento?
10. Falar sobre vícios e violências?
11. A hereditariedade pode interferir na harmonia do casal?

ESTRURURA FAMILIAR

1. Falar sobre planejamento familiar, quando ter filhos e como orientá-los?
2. Falar sobre família moderna e a participação da mulher no orçamento familiar.
3. Como planejar o orçamento familiar?
4. Como deve ser o relacionamento com os pais, as amizades após o casamento?
5. Por que as famílias andam tanto desestruturadas?
6. Falar sobre o aborto.

EDUCAÇÃO DOS FILHOS

1. Como conciliar a vida conjugal à criação dos filhos?
2. Bater é uma boa maneira de corrigir?
3. Como educar nossos filhos, dentre os ensinamentos da Igreja?
4. Como agir com os filhos na adolescência? E como educá-los na sociedade capitalista de hoje?
5. Devemos ter filhos conforme a natureza ou devemos tê-los conformes às condições financeiras.
6. O que podemos fazer para aceitar filhos de outro relacionamento?

SEXUALIDADE

1. O uso dos preservativos que são aceitos pela Igreja.
2. Como deve ser o sexo no casamento?
3. Qual a importância do sexo no relacionamento do casal?
4. Qual a melhor forma de ter uma vida sexual que satisfaça os dois?
5. Quando o sexo é bom e quando é ruim.
6. Como viver a harmonia sexual?
7. Qual a importância dos exames pré-nupciais?
8. Como podemos aceitar filhos mal formados e com problemas?

Equipe de noivos – Paróquia Nossa Senhora do Rosário

Obs. Material de Renate – em processo a ser aprovado.
Texto de Dom Antonio Afonso - O que é preciso saber sobre o casamento.


Guia Temático para os Agentes da Pastoral Familiar
Encontros com os noivos
Índice

Introdução geral

Mística dos encontros
Fase preparatória
Objetivo principal dos encontros:
Conteúdos a serem trabalhados:
A Escolha do Cônjuge
Exercício a ser realizado antes do matrimônio:

Início dos trabalhos

Apresentação dos noivos
Por que celebra o matrimônio na Igreja Católica?
Qual é a importância do ato celebrativo na vida do casal cristão?
Celebração do matrimônio na comunidade cristã
Consentimento livre, sem nenhuma coação interna ou externa.
O juramento: é por toda a vida que prometeis?


I. O matrimônio: vocação cristã

Como é visto o matrimônio na atualidade?
Qual é a relação entre o Sacramento do Matrimônio em relação e Santíssima Trindade
O que a bíblia diz sobre o casamento?
O amor conjugal deve ser vivido à semelhança da aliança entre Deus e Israel
O matrimônio na Nova Lei de Cristo
Como fugir do egoísmo e assumir o matrimônio como um dom para o cônjuge?
Matrimônio é o sacramento do amor
O amor deve ser vivido em família
Quais são os frutos do matrimônio?
De que maneira os cônjuges deverão viver sua vocação ao matrimônio?
Edificar o matrimônio na rocha que é Cristo
Matrimônio comparado à construção de uma casa.
É possível ser feliz no matrimônio?
Quais as atitudes certas para alcançar a felicidade no casamento?
De que maneira o casal poderá colocar em prática o amor a Deus de todo o coração e ao próximo como Jesus nos ensinou? (Mt 22, 35-40).

II. Matrimônio como, uma pérola preciosa

O que é um sacramento?
O que é o sacramento do matrimônio?
O que diz o Catecismo da Igreja Católica sobre o Matrimônio? (2335)
Em que consiste o amor conjugal?
Quais são as características do amor conjugal?
Os fundamentos do matrimônio: o amor e o respeito.
Pistas para uma vivência sadia do matrimônio
Paternidade responsável

III. Harmonia conjugal

O que significa viver em harmonia e quais são as exigências para que o casal viva em harmonia?
Principais causas da desarmonia conjugal
O que traz insegurança na vida do casal?
O diálogo na vida do casal
Como será o relacionamento com os pais após o matrimônio?
Como será o relacionamento do casal que ambos trabalham fora de casa?
Como serão os amigos do casal?
De que maneira o casal deve administrar o tempo e o dinheiro?
Quando o diálogo familiar não funciona, o que fazer?
O que fazer para mudar certos hábitos que incomodam e não produz bons frutos?
O poder do elogio
Como promover e criar um clima de romance, mesmo depois de muitos anos de casamento?
Quais são as barreiras a serem ultrapassadas?

IV. O sacramento do Matrimônio em relação com os outros sacramentos
Introdução
O Matrimônio e o Batismo?
O Matrimônio e a Crisma?
O Matrimônio e a Eucaristia?
O Matrimônio e a Reconciliação?
O Sacramento do Matrimônio
O Matrimônio e a Ordem?
O Matrimônio e a Unção dos Enfermos?

V. Como viver a sexualidade no matrimônio?

Introdução
O amor Eros em unidade com o amor Filia e ágape
O que é sexualidade e qual é o seu papel na vida humana?
Castidade matrimonial segundo o Catecismo da Igreja Católica
Qual é a finalidade do amor sexual?
Principais causas da desarmonia conjugal
De que maneira os cônjuges devem viver a sexualidade?
Atitudes básicas para viver a sexualidade
De que maneira podemos colocar em prática e viver nossa sexualidade em relação às pessoas?
Vivendo a sexualidade no cotidiano de nossas existências

VI. PLANEJAMENTO FAMILIAR E MÁ FORMAÇÃO CONGÊNITA

VII. O MATRIMÔNIO E A UNIÃO DE CRISTO COM A IGREJA

De que maneira os cônjuges deverão participar da comunidade cristã?
Atitudes do casal cristão em relação à oração
Viver a santidade
A vida de oração ajuda os casais a viver com dignidade a sua vocação
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Orientações práticas
Características do agente de Pastoral
Nota final

Textos para serem incorporados
O coração humano não foi feito para ser dividido em vários amores, corpo e alma, com todas as suas potencialidades dadas com sinal do amor de Cristo pela Igreja, chamado Sacramento do matrimônio. Descobri a pessoa a qual será entregue a própria vida. Não como um título, uma propriedade a ser adquirida. É a grandeza do matrimônio cristão. Trata-se de uma forma de consagração a Deus.
Acreditar que os dois, unidos diante de Deus e das pessoas, os casais devem descobrir e conservar a beleza do amor conjugal como uma vocação santa e querida por Deus. A felicidade plena é adquirida na liberdade de quem escolhe alguém deseja ser sinal de sua presença para quem convive com ele. Os filhos são uma benção do Senhor. Eles encontram refugio e promessa de uma vida feliz. O sacramento é celebrado pelo casal, em meio à comunidade que os acolhe na esperança de que suas vidas sejam sinais do amor de Deus.
A graça e a Palavra de Deus, assumida pelos casais tornar-se-á instrumento visíveis de sua presença. Amor fiel e fecundo. Jair e aparecida (são João)